Na última semana, Santo Antônio de Jesus que registrou o pior número de mortes durante toda a pandemia do coronavírus. Foram 10 óbitos entre os dias 1° a 7º de março de 2021.
Em uma entrevista à recôncavo FM, o Secretário de Saúde do município, Dr. Leonel Cafezeiro denomina esse período como o pior momento dessa pandemia, “é um momento muito crítico e eu reforço à população que tome cuidado, que cuide dos seus amigos, seja cuidadoso com seus pais e com toda a sua família, vamos nos comportar como se a gente tivesse em uma guerra. O Covid mata embora a gente saiba que menos de 2% da população que adquire a doença morre, mas se a gente não tiver porte de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), isso aí vai passar muito, porque às pessoas vão começar a adoecer e vou começar a falecer por falta de um leito” explica.
Dr. Leonel ainda explica que após estudo por técnicos, foi detectado que fica inviável a instalação dos 10 leitos de UTI Covid-19 na Santa Casa de Misericórdia, “não tinha como a gente fazer um fluxo diferente de pacientes de maternidade ou outras patologias separadas dos fluxos de pacientes com Covid-19”, relatou.
O secretário alega que após essa constatação foi criado outras hipóteses, “pensamos em transferir os leitos de UTI clínica do HRSAJ (Hospital Regional) para a Santa Casa e a gente montar esses 10 leitos de UTI Covid lá no Regional. Entramos em contato com diretor do hospital Dr. Antônio Carlos, que ficou de fazer esse estudo e nos dá uma resposta. Pensamos também na possibilidade de criarmos um hospital de campanha próximo a Policlínica Regional com 20 leitos sendo 10 de UTI Covid e 10 UTI clínicas. Estamos estudando essas possibilidades, tentando uma audiência com Secretário Estadual de Saúde que vai ser confirmada nesta segunda-feira (08) ou terça-feira (09) e assim que confirmamos eu e o prefeito iremos levar essas hipóteses e ver qual delas é a mais viável. Ainda temos a possibilidade de transformarmos UPA 24 horas também em uma UTI. Nós temos que ver aqui menos vai causar impacto na assistência à saúde na nossa comunidade”, diz.
Sobre a compra dos medicamentos Azitromicina e Ivermectiva, Dr. Leonel ressalta que são medicamentos que sempre fez parte da Farmácia Básica, “só aumentamos a quantidade porque o médico que quiser prescrever o paciente não vai precisar comprar, o médico que precisar prescrever vai encontrar a Ivermectiva no posto. O paciente que quiser tomar ele vai tomar, ou seja, se vai tomar ou não vai, é uma decisão entre o paciente e o médico, é uma interação entre o paciente o médico, nós não podemos obrigar ninguém, nem eu posso obrigar o médico ao prescrever e não posso obrigar o paciente a tomar”, relata.
Redação: Voz da Bahia