O presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, afirmou que vai enviar uma delegação para negociar com os russos sem pré-condições.
A agência de notícias AFP, informou que as discussões ocorrerão na fronteira com Belarus, perto de Chernobyl, na região do rio Pripyat.
“A delegação ucraniana se reunirá com a [delegação] russa sem estabelecer condições prévias na fronteira ucraniana-bielorrussa, na região do rio Pripyat”, disse a presidência nas redes sociais.
Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de não “aproveitar a oportunidade” para negociações que deseja impor em Belarus, país de onde a Rússia lançou parte de sua invasão. O grupo que irá negociar inclui representantes dos ministérios da Defesa e de Relações Internacionais, além de membros do gabinete de Putin.
Os ucranianos haviam se recusado em ir ao encontro, pois a Belarus não é um território neutro — tropas russas partiram da Belarus para invadir a Ucrânia. O país, inclusive, desempenhou uma papel fundamental na invasão em território ucraniano. Por isso, o governo americano de Joe Biden sancionou nove empresas de defesa bielorrussas por seu apoio à invasão.
Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, afirmou que está aberto a conversas, desde que elas aconteçam em um país que não tenha participado das agressões à Ucrânia.
Depois disso, o líder da Belarus, Alexander Lukashenko, conversou com o presidente Zelensky, e teria sido convencido a mandar representantes para falar com os russos.
Lukashenko afirmou que, no momento da partida, negociações e regresso da delegação ucraniana, todos os aviões, helicópteros e mísseis que estão no território bielorrusso permanecerão no terreno.
Em 2015, autoridades ucranianas e russas se reuniram na capital da Belarus, Minsk, para elaborar os Acordos de Minsk, que incluíam um cessar-fogo em duas áreas da Ucrânia tomadas por separatistas pró-Rússia. (G1)