O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, renunciou nesta quinta-feira (1º) ao cargo que ocupava desde dezembro de 2024, abrindo caminho para disputar as eleições presidenciais antecipadas marcadas para 3 de junho. A candidatura deve ser oficializada nesta sexta-feira (2).

Com a renúncia, a presidência interina será assumida, conforme a legislação sul-coreana, pelo atual Ministro das Finanças, Choi Sang-mok.

Han, de 75 anos, retornou ao cargo em março após o Tribunal Constitucional anular seu impeachment. Ele havia sido acusado de colaborar com o então presidente Yoon Suk Yeol na controversa imposição da lei marcial, o que culminou na queda de ambos. A medida foi considerada uma das decisões mais polêmicas da história política recente do país.

Durante seu período como presidente interino, Han enfrentou múltiplos desafios, incluindo uma crise institucional sem precedentes, tensões com a Coreia do Norte e dificuldades econômicas internas. Ele também negociou com os Estados Unidos para evitar a imposição de tarifas sobre produtos sul-coreanos, demonstrando disposição em manter a aliança estratégica com Washington.

Apesar das críticas do principal partido de oposição, o Partido Democrata, que vê nas negociações comerciais uma manobra política dos conservadores, Han viu sua popularidade crescer nas últimas semanas, o que reforçou as especulações sobre sua candidatura.

Seu principal adversário na corrida presidencial é Lee Jae-myung, do Partido Democrata, que lidera as pesquisas de intenção de voto.