Presos por 8 de janeiro relataram à polícia proposta de golpe

Segundo colunista, informação está contida em depoimentos feitos à PCDF por integrantes do acampamento em frente ao Exército

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.

Presos em razão dos ataques aos três poderes em 8 de janeiro confirmaram em depoimentos à Polícia Civil do Distrito Federal que havia a pretensão de efetivar um golpe de estado que destituisse o presidente Lula. A informação foi revelada pelo colunista Guilherme Amado, no site Metrópoles.

A ideia, conforme os depoimentos, partiu de lideranças do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. No segundo domingo do ano, manifestantes insatisfeitos com o resultado da eleição do ano passado ocuparam e depredaram o Palácio do Planalto, a sede do Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.

Uma das presas, desempregada, relatou que deixou São Paulo de ônibus com o objetivo de ajudar a depor o governo. Outra depoente, professora e também vindo de São Paulo, disse ter recebido a orientação de ocupar o Palácio do Planalto e aguardar uma intervenção militar. Sua função seria “fazer volume” na ocupação.Um dos presos falou à Polícia Civil que havia planos de ataque a bomba.

Já uma pensionsita declarou que foi enganada por outra mulher que falou ao microfone no acampamento que seria só uma passeata. Um arquiteto catarinense, também de acordo com o colunista, deu um argumento mais curioso: foi a Brasília conhecer o trabalho de Oscar Niemeyer, um dos principais nomes da arquitetura brasileira, autor de obras como a Pampulha, em Belo Horizonte, e os prédios da época da fundação de Brasília, como as sedes dos 3 poderes invadidas, a Esplanada dos Ministérios, a catedral e o prédido da Universidade de Brasília (UnB).

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