A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou o ano de 2024 com números expressivos no combate ao tráfico de drogas no Brasil. Mais de 850 toneladas de entorpecentes, incluindo maconha, cocaína, crack e anfetaminas, foram apreendidas nas rodovias federais do país, um aumento de 21,29% em relação a 2023, quando 700,34 toneladas foram retiradas de circulação.
Entre os destaques está o recorde histórico de apreensão de anfetaminas, com 859.694 unidades recolhidas, mais que o triplo do ano anterior. Estados como Goiás e Bahia lideraram as estatísticas desse tipo de droga, frequentemente utilizada por motoristas para prolongar o tempo ao volante.
Destaques regionais e recordes
A maconha continua sendo o entorpecente mais apreendido, com 808 toneladas, representando um aumento de 23,23% em relação ao ano anterior. Paraná (276,71 toneladas) e Mato Grosso do Sul (257,83 toneladas) lideram o ranking de estados com maior volume apreendido.
O Mato Grosso do Sul registrou as maiores apreensões únicas do ano. Em maio e setembro, operações em Iguatemi e Amambaí resultaram na localização de 26 e 28 toneladas de maconha, respectivamente. Já no Paraná, 20 toneladas da droga foram encontradas em novembro, em uma carreta bitrem em Iguaraçu.
Cocaína e crack
A PRF apreendeu 41,4 toneladas de cocaína em 2024, uma redução de 7,9% em comparação com as 44,9 toneladas de 2023. Apesar da queda, a droga segue como um dos alvos prioritários devido ao alto valor agregado no mercado do tráfico. As apreensões se concentraram principalmente no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná.
Já o crack teve uma redução de 16,7% nas apreensões, com 1,634 tonelada recolhida, em comparação com 1,96 tonelada no ano anterior. Paraná, Rio Grande do Sul e Maranhão foram os estados com os maiores volumes apreendidos.
Tecnologia e capacitação como pilares do sucesso
O diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, atribui os resultados ao investimento em tecnologia, inteligência e qualificação do efetivo policial. “A experiência do dia a dia é importante, mas a atualização constante com treinamentos é essencial. Além disso, o uso de tecnologia e inteligência permite abordagens mais assertivas e eficazes no combate ao tráfico de drogas”, destacou Oliveira.
As estratégias da PRF incluem o monitoramento das principais rotas do tráfico, a integração com outras forças de segurança e o uso de inteligência artificial para análise de risco.