A produção industrial baiana apresentou queda de 3,4% em relação ao mês anterior, descontados os efeitos sazonais, após dois avanços consecutivos nessa comparação (crescimento de 7,3% entre março e abril, e de 1,1% de abril para maio). Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho da indústria baiana de maio para junho foi o terceiro pior entre os 15 locais investigados, acima apenas dos recuos registrados no Rio de Janeiro (-5,9%) e em Pernambuco (-3,9%), além de estar abaixo da média nacional (-0,6%). No confronto com junho de 2018, também houve recuo de -8,5%, pior que a média nacional (-5,9%).
Com o desempenho do mês de junho, a produção industrial na Bahia fechou o primeiro semestre de 2019 em queda, em comparação com o mesmo período de 2018 (-1,4%). No acumulado em 12 meses, o desempenho também voltou a apresentar variação negativa (-0,1%).
Em ambos os casos, porém, a produção industrial do estado ainda tem desempenhos um pouco melhores que a média nacional, a qual apresenta recuos de -1,6% no acumulado no primeiro semestre e de -0,8% nos 12 meses encerrados em junho.
O resultado da Bahia em junho foi puxado para baixo pelo desempenho negativo tanto da indústria de transformação (-8,2%) quanto da indústria extrativa (-13,8%). No mês, o maior recuo foi registrado na fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-50,9%).
Entretanto, pela importância que têm na estrutura industrial baiana, os segmentos que mais influenciaram no resultado geral do setor foram os de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-13,0%) e a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,0%). Os dois únicos ramos industriais com alta na produção em junho, na Bahia, foram a fabricação de bebidas (7,0%) e a metalurgia (0,2%). (Metro1)