Durante uma sessão na Câmara de Vereadores de Maiquinique, no interior da Bahia, uma professora foi retirada à força por agentes da Polícia Militar (PM-BA), após se envolver em uma confusão com o presidente da Casa. A situação ocorreu nesta segunda-feira (15) e tem repercutido nas redes sociais.
A discussão foi iniciada na sessão após a educadora sentar de costas para o parlamentar municipal que discursava na tribuna. O presidente da Câmara, Lourisvaldo de Souza, conhecido como Chico Batoré (Solidariedade), chamou atenção da professora e pediu que ela virasse para frente, o que não foi feito e, por isso, sua retirada do local pelos policiais foi solicitada.
Como resposta, a educadora sentou corretamente e se negou a sair da sessão. Mesmo assim, os agentes da PM-BA ignoraram seus pedidos e cumpriram a ordem de Batoré, puxando ela pelos braços, enquanto estava algemada. Populares presentes no local gravaram o momento em que ela foi arrastada no chão pelos policiais e a cena gerou revolta nas redes.
O que dizem os envolvidos
“Levei apenas uma bandeira branca da paz para protestar. Não falei nada, apenas balancei a bandeira, mas os policiais já vieram me retirar. Dessa vez eles me puxaram, me algemaram e me arrastaram. Meus punhos doíam muito e eu fui parar em um hospital onde fiquei em observação, pois minha pressão marcou 18/10”, afirmou a professora, em entrevista ao BNews.
O presidente da Câmara apresentou outra versão, ele relatou que a professora demonstrava um comportamento agitado, oposto ao pacífico que ela havia descrito anteriormente. Segundo o vereador, a profissional “chutou computadores”, assim como “desacatou policiais”.
“Essa é a oitava sessão que essa senhora interrompe. É uma situação complicada. A gente tenta dialogar, procura ajuda de familiares, mas ela não obedece a ninguém. A delegada da cidade já conversou com ela, mas ela continua indo e tumultuando. Ontem ela surtou, chutou computadores e desacatou os policiais. Enquanto presidente da Câmara, eu tive que tomar uma atitude”, afirmou. (metro1)