Programa destina 83 médicos residentes para rede de saúde de Salvador

Foto: Divulgação

Há cerca de um ano Salvador passou a contar uma iniciativa para ampliação dos atendimentos na rede municipal de saúde e qualificação de médicos recém-formados. Trata-se do Programa Integrado de Residências em Saúde (PIRS), que atualmente conta com 83 profissionais residentes atuando em unidades básicas, de pronto-atendimento e emergência hospitalar. 

No dia a dia o PIRS tem sido uma via de mão dupla, contribuindo não apenas para a especialização de médicos na capital baiana, mas também assegurando a permanência destes profissionais na rede municipal.

Legislação

Instituído por meio de lei municipal e aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) do Ministério da Educação (MEC), o PIRS na verdade engloba dois programas. Um é o de Residência em Medicina de Emergência, que visa formar especialistas em medicina de emergência e capacitar profissionais para reconhecer, iniciar prontamente o tratamento e monitorar pacientes em situações de urgência e emergência. O prazo para concluir essa especialização é de três anos.

O outro programa é o de Residência em Medicina de Família e Comunidade, cujo objetivo é formar especialistas para atuar na atenção primária. O tempo dessa pós-graduação é de dois anos. 

O PIRS oferta bolsas de R$ 3.330 (Medicina de Emergência), pagas pelo Ministério da Educação, e R$ 6 mil (Medicina de Família e Comunidade), custeadas pelos cofres municipais. O ingresso dos médicos nos programas ocorre anualmente por processo seletivo unificado, coordenado pela Comissão Estadual de Residência Médica (Cerem-BA).

Permanência

De acordo com a coordenadora do programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade da SMS, Luamorena Leoni, a oferta de vagas de residência médica tem contribuído para aumentar o contingente de profissionais na rede pública municipal. 

“Há uma grande dificuldade de encontrar médicos que queiram chegar na atenção primária para ficar. Muitos chegam como passagem, sem criar raízes. A ideia é formar os profissionais para que eles fiquem, o que consequentemente traz mais qualidade dos serviços prestados para a população”, explica.

No programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade há 77 vagas ocupadas, entre próprias e conveniadas. São instituições de ensino superior parceiras da iniciativa: Ufba, Escola Bahiana de Medicina, UniFTC, Fundação Estatal Saúde da Família e Escola de Saúde Pública da Bahia.

HMS

Inaugurado em 2018, o Hospital Municipal de Salvador (HMS), em Boca da Mata, está credenciado para receber médicos residentes do programa em Medicina de Emergência, sendo o primeiro da Bahia a possuir uma iniciativa de qualificação profissional desse tipo. (A Tarde)

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