O promotor de justiça de Santo Antônio de Jesus, Dr. Julimar Barreto, discutiu em uma reunião da Câmara de Vereadores da cidade sobre a questão da proliferação de pombos no Centro do município. A reportagem do Voz da Bahia, o magistrado até pontuou que essas aves poderão ser até sacrificadas.
De acordo com o promotor, os pombos que são animais sinantrópicos, que se adaptaram e se beneficiam das condições ecológicas criadas pela atividade humana durante a urbanização, “pode trazer uma série de problemas, doenças graves chamadas de zoonoses que pode ceifar vidas. É conveniente que a população tome consciência. Às vereadoras: Adriana Nogueira, popular Tia Adriana (PRB) e Dalva Mercês (PSB) estão de parabéns, pois, firmaram uma parceria muito proveitosa com a Secretaria do Meio Ambiente e Vigilância Sanitária para orientar a população para não alimentar esses animais e diminuir a quantidade de abrigos para eles se reproduzirem. Os pombos não têm predadores no Centro da cidade e se reproduzem 5 ou 6 vezes por ano, causando transtornos a população transmitindo zoonoses. O MP (Ministério Público) mesmo sendo defensor da causa ambiental, mas temos bom senso. Com base na resolução do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), se todos esses métodos alternativos e preliminares não derem certo, infelizmente, o município vai ter que sacrificar alguns animais desses para controlar essa praga”, assegurou.
Dr. Julimar ainda comentou sobre o aumento dessas aves na Praça Padre Mateus e as ações que serão tomadas pela prefeitura, “na Praça, além de outro logradouro público da cidade que também está na mesma situação. Alimentação fácil faz a proliferação de animais. A promotoria, por exemplo, tomou conhecimento de que um morador começou a alimentar gato em um terreno baldio, esses animais se proliferaram de tal maneira que todos os vizinhos começaram a reclamar que os animais começaram a entrar nas casas, defecar. Os gatos comeram um criatório de coelhos, etc. Caso às medidas preliminares não tenham resolvido a situação, o município vai ter que tomar a iniciativa de sacrificar os animais, não é uma coisa que queremos, mas é uma ação necessária. Representa um grave problema ambiental e ao homem. Pombos formam colônias que podem chegar a até 2 milhões de indivíduos. A criptococose é uma das principais doenças transmitidas pelos pombos urbanos e é causada por um fungo que vive e se desenvolve nas fezes. Quando esporos desse fungo são inalados, há comprometimento inicial do pulmão e à medida que o fungo se desenvolve, consegue espalhar para outros locais do corpo por meio da corrente sanguínea, podendo atingir o sistema nervoso e resultar em meningite, que é uma grave complicação da criptococose”, concluiu.
Reportagem: Voz da Bahia