PSOL lança candidatos à Câmara e critica disputa eleitoral: “Não é um Ba-Vi, é sobre o futuro de S. A. de Jesus”

PSOL lança candidaturas à Câmara de Vereadores

Na noite desta segunda-feira (05), o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) de Santo Antônio de Jesus realizou um evento no hotel Solemar para apresentar seus candidatos postulantes à Câmara de Vereadores. O evento contou com a presença do presidente Antônio Roberto Dias, conhecido como Carteiro, e do seu vice-presidente, professor Denílson Lessa. Durante a convenção, ficou claro que a legenda não apoiará nenhum dos três candidatos à prefeitura do município: [Euvaldo Rosa (PSD) Genival Deolino (PSDB) e Edvaldo da Recôncavo (PMN)].

Foco em problemas reais e crítica às candidaturas a prefeito:

Em entrevista ao jornalista Marcus Augusto, do Voz da Bahia, o professor Denílson Lessa enfatizou a escolha do PSOL por uma candidatura independente. “Nós decidimos por uma candidatura independente, sem apoiar A, B ou C, pois avaliamos que essas candidaturas não representam o projeto PSOL”, afirmou o professor.

Denílson destacou a necessidade de concentrar esforços em políticas públicas voltadas para a educação e o combate à violência. “Investir em educação, esportes e atividades para a juventude é a verdadeira forma de resolver a violência. Não se trata de gastar, mas de investir”, explicou.

O professor também criticou a atual gestão pela falta de cumprimento das promessas, mencionando o projeto para a requalificação da Feira Livre da cidade. “Como posso confiar em um gestor que não cumpriu com suas promessas? Não concordamos com essa forma de governar”, declarou.

Estratégia do PSOL e foco no legislativo:

Sobre a decisão de não lançar uma chapa própria para a prefeitura, Denílson explicou que o PSOL foi reestruturado há cerca de três anos e agora está focado em elaborar um projeto sólido para a cidade, apostando no fortalecimento do poder legislativo. “Estamos concentrados na construção de um projeto com calma e tranquilidade para a cidade, e isso passa pela escolha de candidatos para a Câmara Municipal”, disse.

Críticas às campanhas de prefeito e compromissos do PSOL:

O presidente do PSOL também criticou a falta de propostas concretas nas campanhas dos candidatos a prefeito. “O que vimos foram campanhas focadas no ‘oba-oba’. Acompanhei as convenções e não vi nenhum candidato apresentar projetos reais para a cidade. É uma disputa pelo poder, com grupos que há 50 anos lutam pelo controle da administração municipal”, afirmou.

Denílson reafirmou o compromisso do PSOL com propostas concretas para o bem-estar da população, abordando questões como a insegurança alimentar e a necessidade de oportunidades para os jovens. “Precisamos de políticas públicas como o Programa Cozinha Solidária para minimizar a insegurança alimentar e oferecer cursinhos populares para a qualificação dos jovens”, destacou.

Ele também mencionou a falta de concursos públicos na cidade nos últimos 15 anos e a prática de terceirização para criar “cabides de emprego”. “As gestões passadas não realizaram concursos para transformar empregos públicos em ‘cabides’ e garantir cabos eleitorais”, criticou.

Posição radical e críticas à polarização:

Denílson concluiu a convenção reafirmando a postura decisiva do PSOL em defesa da democracia e da vida. “O PSOL é radical em defesa da democracia, das comunidades carentes, radical no respeito às escolhas, radical em defesa a vida. Não vamos reproduzir o mesmo pensamento político mesquinho que domina a política nacional e estadual”, declarou.

Ele ainda questionou a polarização política local, comparando-a a um “Ba-Vi” e enfatizando a necessidade de ações concretas. “A cidade não pode viver como uma partida de futebol. Estamos discutindo um futuro melhor para nossa cidade, busca de melhorias para as nossas famílias. Qual mudança verdadeira você deseja, eleitor? Pense no contexto da vida, não em uma simples partida de futebol”, concluiu.

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