Em entrevista para o jornal O Globo, o atual comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, defende que haja uma “investigação completa” e que se for seja comprovada a participação de integrantes de sua tropa, haverá punição. A declaração veio após a investigação da Polícia Federal, que apura a participação de militares em uma tentativa de golpe de Estado.
“O Comando da Aeronáutica coaduna com a necessidade de uma investigação completa, garantindo a ampla defesa e o contraditório a todos os envolvidos, seguindo o necessário rito processual previsto no ordenamento jurídico vigente. Qualquer coisa que fira nossos diplomas disciplinares será punida. Para a Força Aérea, as notícias (sobre as investigações) vieram a confirmar o papel institucional e constitucional de nossa organização”, afirmou.
O comandante ainda aponta que não tinha conhecimento de nenhuma reunião, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para discutir atos antidemocráticos. Ele afirma também não ter conhecimento de participação de nenhum militar das Forças Aéreas Brasileira nos ataques do dia 8 de janeiro.
“Não tivemos informação nenhuma a respeito disso. Não sabia do que acontecia dentro do Palácio. A Força Aérea foi profissional, focada na sua missão. Nessa mesa aqui (do Alto Comando) não se falava de política. A nossa posição foi de isenção em relação ao governo Bolsonaro. Tivemos uma visão de Estado e devemos isso às posições de nossos ex-comandantes. Mas não dá para fugir da relação com o governo”.(metro1)