Quase 200 bancos fecharam as portas na Bahia até maio deste ano

Na Bahia, de 2019 até maio deste ano, 178 unidades bancárias fecharam as portas

Na tentativa de potencializar os lucros e reduzir custos fixos, ainda que o sistema bancário seja o mais lucrativo financeiramente em todo Brasil com a economia e praticamente não tenha grandes baques, diversos grandes nomes estão fechando suas portas físicas e intensificando a terceirização de suas atividades.

A questão tem sido bastante discutida por associações e sindicatos de trabalhadores de bancos em todo o país. Na Bahia, de 2019 até maio deste ano, 178 unidades bancárias fecharam as portas, colocando centenas de trabalhadores nas ruas. Somente nos cinco meses deste ano na Bahia foram 17 agências fechadas. Outro motivo apontado pela Febraban para o fechamento, pelo menos na Bahia, tem sido os ataques de bandidos às agências. 

De acordo com a Federação Nacional dos Bancos, diversos fatores teriam influenciado a digitalização dos serviços: o   isolamento por conta da pandemia da Covid19.  aumento das fintechs no mercado financeiros, as vantagens apresentadas por elas para abrir contas e adquirir cartões sem anuidade e a própria reestruturação dos bancos tradicionais.

Ano passado, o Brasil chegou a ter somente 7.216 agências, menor número registrado desde 2010. Ou seja, em 2022,  428 unidades bancárias foram encerradas, conforme pesquisa feita pelo Valor Investe com dados no Banco Central.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos destaca que os bancos não podem adotar apenas a lógica do lucro. “Temos população rural, beneficiários de programas sociais, é necessário que o banco cumpra uma função social, impedindo as pessoas de passarem dificuldades. Não é todo mundo que está disposto, ou consegue, ter um aplicativo para realizar diversas funções. Muitas agências estão se recusando a prestar atendimento presencial e empurrando para aplicativos”, declara. (Fonte: Tribuna da Bahia) 

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