Estamos no curso de uma pandemia, a pandemia do novo coronavírus. Os conceitos de endemia, epidemia, pandemia, nunca estiveram tão próximos de nós e no centro das discussões sobre saúde. Entretanto, no Brasil estamos vivendo há tempos, uma epidemia mais silenciosa e pouco falada: a epidemia da obesidade.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), epidemia é a ocorrência excedente de casos de uma doença em determinadas áreas geográficas ou comunidades.
Conforme dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), e do Ministério da Saúde, por meio da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), a obesidade pode ser considerada uma epidemia no Brasil, pois há cerca de 41 milhões de pessoas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso (sobrepeso), o montante chega a 60,3% da população adulta brasileira.
- O que é a obesidade?
Trata-se do acúmulo de gordura no organismo, distribuído por todo o corpo ou localizado, sobretudo, na região abdominal. Na maioria dos casos, está associado ao consumo exagerado de calorias, ou seja, a ingestão de alimentos é superior ao gasto energético do indivíduo.
É importante ressaltar que cada pessoa tem necessidades calóricas próprias, de acordo com a sua rotina, prática de atividades físicas e até com a genética. No entanto, ao ingerir mais alimentos que o necessário, advém o ganho de peso, pois as calorias extras não utilizadas como energia, são convertidas em gordura e armazenadas.
- O IMC (Índice de Massa Corporal)
Para saber se alguém está obeso ou com sobrepeso, o parâmetro utilizado é o Índice de Massa Corporal (IMC). Ele compara a quantidade de gordura com a composição de massa muscular.
O IMC é calculado dividindo-se o peso pela altura ao quadrado. Dessa forma, um IMC ideal fica em torno de 18,5 a 24,9. Qualquer valor acima disso é entendido como excesso de peso, conforme a classificação a seguir:
- sobrepeso: 25 a 29,9;
- obesidade grau I: 30 a 34,9;
- obesidade grau II: 35 a 39,9;
- obesidade grau III: acima de 40.
Como prevenir e tratar a obesidade:
A obesidade é a segunda causa de morte prevenível no Brasil, perdendo apenas para o hábito do tabagismo, e é fator de risco para uma série de doenças: hipertensão, doenças cardiovasculares e osteoarticulares, infertilidade, diabetes e diversos tipos de cânceres, dentre outras.
A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos industrializados, ricos em gordura e açúcar e pobres em nutrientes, contribuem para o aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias, inclusive crianças.
Por ser uma doença crônica e multifatorial, cercada de preconceito e estigma social, a obesidade precisa ser tratada por uma equipe multidisciplinar com endocrinologistas, nutricionistas, cardiologistas, educadores físicos, fisioterapeutas e psicólogos. O tratamento envolve a adoção de um estilo de vida mais saudável, com reeducação alimentar, atividade física e terapia, e em casos mais severos, inclui o uso de medicamentos e cirurgia, sempre sob acompanhamento e supervisão médica.
O cenário atual demonstra que precisamos ter um novo olhar e novas práticas para combater a obesidade, envolvendo a sociedade, a classe médica, a indústria alimentícia e o poder público.
A Oncocenter apoia essa causa. Mantenha seus exames periódicos e acompanhamento do seu peso corporal em dia. Consulte sempre o seu médico.
Oncocenter, dedicada a você!
Fontes: SBEM, Ministério da Saúde, OMS.