Flagrada no exame antidoping realizado durante o Pan-Americano de Lima, em agosto, Rafaela Silva concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (20), na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). A judoca garantiu não ter feito o uso da substância de forma consciente.
“Nenhum atleta se prepara para um momento como esse. Estou aqui para dar a minha cara a tapa. Fiz os testes, estou limpa. É continuar treinando, competindo e provar minha inocência”, afirmou.
Segundo o GloboEsporte.com, a brasileira testou positivo para a substância proibida fenoterol, que tem efeito broncodilatador e costuma ser usado em tratamento de doenças respiratórias, como a asma. O teste antidoping foi realizado no dia em que ela competiu, 9 de agosto.
“Eu dei positivo. Estamos estudando e avaliando a possibilidade da substância ter chegado ao meu corpo. Estou aqui para falar. Quisemos antecipar, mas não podíamos falar antes da audiência. Não tenho nada a esconder. Não tomo remédio, bebida alcoólica. Sempre tive cuidado, não pego garrafa de ninguém. Sempre tive muito cuidado. Estou na mira, no alvo da Wada desde que cheguei à seleção de judô, em 2010. Justamente por não fazer esse tipo de coisa. Já sabia há um tempo, mas não tinha nada concreto”, comentou a judoca.
Entretanto, Rafaela suspeita que a contaminação possa ter acontecido a partir do contato recorrente com um bebê, que frequenta com a mãe a academia onde a judoca treina. O último contato, inclusive, teria acontecido cinco dias antes de ela testar positivo.
“Eu não faço uso dessa substância, não tenho asma, não tenho nada. Quando fiquei sabendo dessa notícia, fiquei pensando todos os dias o que eu tinha feito, o que podia ter acontecido. A única pessoa que fez uso dessa substância foi a Lara, que treina no Instituto Reação. Eu tenho mania de dar meu nariz para a criança chupar. Conforme ela vai chupando meu nariz, eu vou inalando as substâncias que ela manda para o meu corpo”, explicou Rafaela. (BN)