Kanye West, 43, acredita que Deus lhe recomendou que disputasse a presidência americana, revela o rapper em entrevista publicada nesta quarta-feira, 8, na qual afirma que já não apoia Donald Trump e expressa dúvidas sobre a capacidade do democrata Joe Biden de unir os eleitores negros.
Em ampla conversa com a revista “Forbes”, o multimilionário reconheceu que perdeu o prazo para estar na cédula de votação em vários estados, mas disse que tomará uma decisão final sobre sua candidatura nos próximos 30 dias.
“Estamos conversando sobre isso há anos”, disse West sobre sua ambição presidencial, referindo-se a seus dois principais apoiadores: o empresário do setor de tecnologia Elon Musk e a mulher do rapper, Kim Kardashian.
A menos de quatro meses das eleições de novembro, West surpreendeu no último sábado, 4, quando anunciou no Twitter que iria desafiar Trump. “Vamos ver se a designação será em 2020 ou 2024. Porque Deus nomeia o presidente”, afirmou o rapper à Forbes.
Sem dar detalhes de sua campanha, o astro, que exibiu um boné vermelho com a inscrição “Make America Great Again” – lema de Trump – durante reunião na Casa Branca com o presidente em 2018, disse que já não o apoia: “Estou tirando o boné vermelho com esta entrevista.”
West, no entanto, evitou criticar Trump, exceto por sua resposta aos protestos contra o racismo que comoveram o país, alimentando as especulações de que a eventual candidatura do rapper seria uma manobra para arruinar Biden. “Dizer que o voto negro é democrata é uma forma de racismo e supremacia branca”, disse, assinalando que se sente confortável em desviar do candidato democrata os votos dos negros.
Observadores indicaram que, mesmo se West não constar das cédulas de votação, uma campanha por nomeação direta (write-in) poderia prejudicar Biden, principalmente em estados onde Trump teve uma vitória apertada em 2016 e passariam, agora, para o lado democrata.
West, que teve Covid-19 em fevereiro passado, disse que desconfia das vacinas como solução para a doença, porque as mesmas paralisaram “tantas crianças”, opinião que vai de encontro à comunidade científica. “Quando dizem que iremos resolver a Covid-19 com uma vacina, sou extremamente cauteloso. Esta é a marca da besta.” (A Tarde)