A saída de Glenda Kozlowski da TV Globo começou a ser desenhada após a apresentadora ter recusado no final do ano passado o convite de narrar a Copa do Mundo Feminina 2019. De acordo com o colunista Cosme Rímoli, do site R7, a cúpula da Vênus Platinada não gostou da negativa da agora ex-funcionária. A emissora sonhava em colocar “campo” uma equipe formada apenas por mulheres nas transmissões do torneio, com Glenda narrando, Ana Thaís Matos comentando e Carol Barcellos na reportagem.
“As portas da Globo se fecharam para ela quando se recusou a fazer história na emissora”, escreveu Rímoli.
Glenda recusou o convite devido ao trauma nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Ela narrou algumas participações do Brasil naquele evento e foi bastante criticada pela imprensa e, principalmente, por internautas. “Se não fosse por causa da Rosane Araújo [então editora do Esporte Espetacular] e do Renato Ribeiro [na época diretor da Central Globo de Esportes], eu teria saído da cobertura olímpica”, comentou ela num evento de audiovisual realizado no Rio de Janeiro. “A coisa foi reverberando, fui vendo os meus 27 anos de dedicação ao Esporte jogados fora, indo pro lixo. Eu não tinha coragem de andar no corredor, aquilo me tomou de um jeito que eu andava curvada, só chorava”, completou.
Apesar das críticas, ela se recuperou durante as Olimpíadas e recebeu elogios da cúpula da Globo. Porém, os ataques na internet, que nunca tinham acontecido antes, haviam deixado marcas na apresentadora. “Eu não quero fazer futebol, não quero. Falei que não quero porque não é o meu negócio”, disse.
Depois do ‘não’, Glenda Kozlowski deixou de receber tratamento especial. Ela deixou a Globo e passou a apresentar o programa “Tá na Área”, do canal fechado SporTV, além de ficar fora dos grandes eventos esportivos.
Aos 45 anos, Glenda deixou a Rede Globo nesta última sexta-feira (18), após 23 anos de casa. Segundo a apresentadora, o desligamento foi em comum acordo.