Relacionamento tóxico: entenda e saiba como identificar

O assunto entrou para discussão após Tadeu Schmidt falar sobre a relação dos participantes Bruna Griphão e Gabriel, que estão juntos desde que trocaram beijos na primeira festa do reality show e veem apresentando atitudes agressivas por parte de Gabriel.

Foto: Pixabay

O BBB 23  trouxe à tona no último domingo (22) o debate sobre relacionamento abusivos, popularmente conhecido como “relacionamento tóxico”. O assunto entrou para discussão após Tadeu Schmidt falar sobre a relação dos participantes Bruna Griphão e Gabriel, que estão juntos desde que trocaram beijos na primeira festa do reality show e veem apresentando atitudes agressivas por parte de Gabriel.

Fora das telas, a situação também é recorrente, sobretudo porque, segundo a psicóloga Selmara Souza, relacionamento tóxico não é apenas quando existe a agressão física ou verbal. “Muitas pessoas acreditam que um relacionamento tóxico ou abusivo é somente quando há uma violência física ou verbal. Mas o que muita gente não sabe é que um relacionamento abusivo é todo aquele que nos fere. Não necessariamente é quando eu xingo ou quando eu grito”, explicou em entrevista ao bahia.ba. Esse tipo de relacionamento, segundo a psicóloga, pode ocorrer das seguintes formas:

– De uma forma sutil e psicológica, onde começa a minar ali a sua autoestima, a sua autoconfiança;

– Situações onde o parceiro constrange humilha a mulher

– Quando tenta controlar o que a mulher fala, o que você veste;

– Quando tenta forçar a mulher a fazer aquilo que não quer.

Como sair desse tipo de situação

Para sair de situações como essa, Selmara aconselha que mulher que está passando por uma relação abusiva tenha alguém de confiança.
“Então, se você é uma amiga e quer ajudar ela a sair dessa relação, é importante que tenha paciência, pois não é tão fácil para a pessoa reconhecer que a relação está fazendo mal a ela. Além disso, é importante que você não julgue. Por conta da baixa autoestima, ela acredita que essa relação é o melhor que ela tem. Seja uma boa ouvinte, mostre que está com ela para ajudar com o que for possível e indique/sugira que ela busque por ajuda psicológica para lidar com esse processo de uma forma assertiva”, salientou.

A psicóloga ressaltou ainda que uma relação abusiva é construída através de uma comunicação “perversa” e por isso muitas vezes existe uma dificuldade de identificar, principalmente porque o abusador se coloca em posição de vítima, levando a pessoa que sofre o abuso a se sentir no dever de dar ajuda e que se fizer o que ele pede.

“Em um relacionamento tóxico ele tenta te controlar, te desvalorizar, te culpar por tudo (inclusive, ontem logo após o recado do Tadeu, o Gabriel disse que a Bruna tinha que defender ele para ele não sair como um cara que ele não é) Percebe? Se ele tenta constantemente te afastar do seus amigos para que você se torne “propriedade” dele, se ele deixa de seguir as regras pré estabelecidas nessa relação. Se ele grita, ameaça (como também aconteceu com a Bruna e o Gabriel, quando ele disse que daria umas cotoveladas da boca dela), ter ações egoístas, mesquinhas e violentas”, pontou a psicóloga.

Dependência emocional

Eu uma conversa com a amiga Larissa na casa, Bruna chegou a comentar que se considerava uma pessoal emocionalmente dependente, assim como acontece com muitas mulheres fora do programa. Esse fator, segundo a psicóloga, pode ser um agravante que torna a mulher mais vulnerável para não enxergar o tipo de relacionamento que está.

“A dependência emocional advém da falta de confiança em si. Por isso, para desenvolver a independência emocional é muito importante que a pessoa aprenda a se perceber de forma positiva. Sem essa percepção, ela vai se sentir inadequada e errada como pessoa e vai sempre buscar a valorização e o amor no outro, o que a leva a ser dependente emocional. Quando desenvolvemos uma boa autoestima, criamos a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedoras de felicidade, dessa forma, aprendemos a nos olhar com mais amor, a reconhecer o nosso valor e a não depender de uma pessoa para sermos felizes. Desenvolver a autoestima e expandir a sua capacidade de ser feliz”, disse.

Onde buscar ajuda profissional

Além do acompanhamento psicológico, as mulheres que sofrem violência doméstica podem buscar ajuda em órgãos públicos, com base em três eixos:

– Serviços de saúde: para os casos em que a mulher sofre violência física ou sexual
– Assistência social: serviços podem garantir as condições básicas de vida da mulher (proteção urgente, moradia, alimentação) e encaminhar a solução de questões como divórcio e guarda dos filhos
– Polícia e Justiça: vão proteger a integridade da mulher e responsabilizar e penalizar os agressores

Mais cedo, a prefeitura de Salvador publicou nas redes sociais dicas de como identificar o relacionamento tóxico. Na cidade, o Centro Municipal de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares, nos Barris, é um dos locais que a mulher pode buscar ajuda. (Bahia.ba)

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