Relatório aponta que garimpo ilegal em território Yanomami cresceu 54% em 2022

A população Yanomami sofre uma grave crise humanitária, ocasionada pelo crescimento da atividade garimpeira dentro das próprias terras

Um monitoramento realizado pela Hutukara Associação Yanomami (HAY) e divulgado pelo Instituto Socioambiental (ISA) apontou que o garimpo ilegal cresceu 54% e devastou novos 1.782 hectares na Terra Indígena Yanomami (TIY) em 2022. Os números foram publicados pelo Metrópoles.

A instituição começou a fazer o monitoramento da região em 2018, desde então o garimpo ilegal acumula um cresimento de 309%. Em outubro daquele ano, 1.236 hectares já tinham sido devastados pelos criminosos. Agora, 5.053 hectares foram destruídos na maior terra indígena do país, localizada nos estados de Roraima e do Amazonas. Os dados apontam ainda uma intensificação do desmatamento pela atividade garimpeira a partir de agosto do ano passado.

A população Yanomami sofre uma grave crise humanitária, ocasionada pelo crescimento da atividade garimpeira dentro das próprias terras. Na última semana, pelo menos mil indígenas da etnia foram resgatados para atendimento médico emergencial, com quadros graves de desnutrição e malária.

De acordo com dados do Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças yanomamis entre 1 e 4 anos morreram em 2022 por conta dos impactos do garimpo ilegal. As mortes aconteceram, em sua maioria, por desnutrição, diarreia, pneumonia e outras doenças. (Metro1)

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