O ministro do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz, anunciou sua renúncia no domingo (9), após já ter ameaçado deixar o cargo no mês passado devido à falta de uma estratégia pós-guerra para a Faixa de Gaza.
Gantz, chefe do partido centrista União Nacional, deu um ultimato ao primeiro-ministro do país, Binyamin Netanyahu, em 18 de maio com prazo até o último sábado (8).
Entre as suas exigências estavam a adoção de um “plano de ação” por parte do gabinete de guerra e que sem o tal ele seria “forçado a se demitir do governo”.
Segundo matéria do Estadão, em sua renúncia, o centrista pediu que Israel realizasse eleições e encorajou o terceiro membro do gabinete de guerra, o ministro da Defesa Yoav Gallant, a “fazer a coisa certa” e renunciar ao governo também.
Gallant disse anteriormente que renunciaria se Israel escolhesse reocupar Gaza e encorajou o governo a fazer planos para uma administração palestina.
“Netanyahu está nos impedindo de avançar para uma verdadeira vitória. E é por isso que saímos do governo de emergência, com o coração pesado”, disse Gantz, em discurso transmitido pela televisão.
Após o anúncio, Netanyahu declarou que “não é hora de abandonar a batalha”. “Israel está envolvido em uma guerra existencial em várias frentes. Benny, não é hora de abandonar a batalha, é hora de unir nossas forças”, disse Netanyahu na rede social X.
Gantz juntou-se ao governo de Netanyahu logo após o ataque do Hamas, numa demonstração de unidade. O ministro descartou uma coletiva de imprensa planejada na noite de sábado, depois que quatro reféns israelenses foram resgatados de Gaza no início do dia na maior operação de Israel desde o início da guerra de oito meses.
Pelo menos 274 palestinos, incluindo crianças, foram mortos no ataque, disseram autoridades de saúde de Gaza. Netanyahu ainda controla uma coalizão marjoritaria no parlamento e não deve perder força com a saída do chefe militar.
Porém, o lider israelense se torna mais dependente de seus aliados de extrema direita.
Fonte: bahia.Ba