Não é de hoje que as músicas com nomes de pessoas bombam e grudam em nossas mentes.
“Mila”, do cantor Netinho, “Anna Júlia”, de Los Hermanos, “Natasha”, do Capital Inicial, “Florentina”, do Tiririca, e “Eduardo e Mônica”, da Legião Urbana, estão na memória de muita gente e trazem boas lembranças!
Quanta gente!
Mas, uma coisa é certa, nunca tantos hits de nomes fizeram tanto sucesso ao mesmo tempo como hoje! Sertanejo, piseiro, funk…! Provavelmente você já se pegou cantando para a “desgramada da Rita” voltar!]
Splash quer saber: Por que essas canções estão bombando tanto?
Todo mundo se identifica, né? Quando não é a própria pessoa, é alguém que ela conhece e acaba virando uma resenha entre amigos, uma sofrência com nome que faz lembrar a pessoa. Acho que é por isso que deu tão certo a ‘Rita’. Fico muito feliz que a música puxou isso agora. Tierry
Tierry comemora que “Rita” abriu caminhos para novos hits neste momento e ajuda a revelar artistas.
“‘Rita’ veio puxando essas canções que surgiram. Música chiclete está aí para ‘startar’ a carrreira do artista, depois ela vai passar, aí o cara tem que ter bala da agulha para manter esse sucesso”
‘Letícia, Letícia…’ Saymon Marques, compositor de “Letícia”, sucesso na voz de Zé Vaqueiro, acredita que músicas com nomes geram uma maior identificação do público.
“Conseguimos passar o que o povo brasileiro vivência na letra da música e com uma melodia gostosa de ouvir e dançar”
Jota Reis, que também compôs “Letícia”, explica:
“Nomes populares bem encaixados na melodia fazem com que grude na cabeça das pessoas.
A linguagem é muito povo, entra na casa de todo mundo e cai na graça”. Além de Saymon e Jota, Samir Trindade e Duguinho Do Acordeon assinam a música…
Ritmo contagiante
Dudu Mafra, produtor musical da dupla Matheus e Kauan, reforça que não é de hoje que músicas com nomes fazem sucesso, mas destaca que os hits anuais estão na boca do povo por causa do ritmo alegre e contagiante, “com histórias engraçadas de confusões de amor”,
O público canta, dança e se sente vontade para compartilhar com outras pessoas, fazendo com que o hit viralize cada vez mais. É pura e simplesmente uma questão de identificação. Dudu Mafra, produtor musical…
Apesar de temas parecidos, Mafra diz que criatividade é algo que o brasileiro tem de sobra, isso explica a diversidade de temas, ritmos e estilos presentes no cenário atual.
“O segredo é aliar uma boa produção musical com um vocabulário fácil e simples de decorar”
A explosão de músicas-chiclete segue uma tendência, o que é perfeitamente natural no mercado, assim como a vaneira, bachata e arrocha tiveram seu auge. A música é feita de fases e cada uma das tendências acaba se consolidando e servindo de referência para as próximas “ondas” do mercado.
‘Osmar’
A ex-BBB Flay pegou carona com as músicas de nome, lançou “Osmar” há duas semanas e o clipe já tem mais de 1,6 milhões de visualizações.
“Sentei com alguns compositores e decidimos fazer uma música com nome, porque não tinha até então uma mulher que cantasse algo se remetendo a um homem”
Acho que o nome dá uma identidade à música, um rosto, a história ganha força. Você pode não conhecer alguém com aquele nome, mas você muda o nome e diz ‘aqui tua música’, acho que vem a identificação muito rápida. Flay.
Com tantos sucessos de nome simultâneos com milhões de views, será que os artistas querem mais canções neste estilo?
“Tem a ‘Cibele’, que vou lançar. Não é uma ‘Rita’, é uma história menos interessante, mas muito boa”, adianta Tierry.
Gabi Martins aproveitou o sucesso de “Rita” e lançou “André” (UOL)