O governador do Estado, Rui Costa (PT) afirmou, durante as comemorações da Independência do Brasil em Salvador, neste sábado (7), que o país pode ter a soberania ameaçada por conta da falta de investimento em ciência e tecnologia.
Ele foi questionado pela imprensa sobre o discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro, acerca de uma suposta ameaça de ONGs internacionais à autonomia do Brasil, diante da crise ambiental causada por incêndios na Amazônia.
“Eu não acho que a soberania do Brasil esteja ameaçada por ONGs (internacionais). Você imagina se um país de dimensão do Brasil tivesse ameaçado por ONGs. Se alguma coisa pode ameaçar no futuro ou no presente a soberania do Brasil tem a ver com a falta de investimento em tecnologia, em ciência e em conhecimento”, afirmou, de acordo com o material divulgado pela assessoria de imprensa.
“Um país que é dependente exageradamente dos outros em tudo, principalmente em ciência e tecnologia, esse sim corre risco da sua soberania. A falta de pesquisa, de ciência e de educação e de projeto econômico do país, isso sim pode colocar em risco a nossa autonomia. Se o Brasil fosse tão frágil para ficar vulnerável a atuação de ONGs, não seríamos esse país continental forte que somos”, completou.
Para Rui, não é possível falar em “atuação internacional” na Amazônia brasileira. “Todos os países do mundo atuam de forma cooperada quando tem patrimônio ambiental. Qual o problema de o Brasil estar aberto a fazer cooperação internacional, desde que haja soberania e gestão da nação em torno disso?”, apontou.
O governador também lamentou a hipótese de saída da Petrobras da Bahia, que foi denunciada pelo Sindicato dos Petroleiros da Bahia. A estatal também já anunciou a desocupação do edifício em Salvador.
“Eu diria que o sentimento é de tristeza em ver tudo que está acontecendo no Brasil. Vamos aqui, em cada estado e na Bahia, lutar e trabalhar para convencer os investidores e o mercado internacional que aqui e em outros estados pensamos diferente, queremos parceria e investimento diferente”, defendeu.
O pestista também afirmou que “é hora de pensar num Brasil que ofereça qualidade de vida à sua gente”. “Um país que una e integre o povo brasileiro das diversas regiões, culturas, e até preferências políticas, mas o Brasil tem que caminhar unido para superar os seus desafios. E o 7 de setembro é sempre uma data de reflexão sobre os próximos passos que o Brasil pode dar na direção de melhorar a vida de seu povo”, disse. (Metro1)