Estudos apontam que aproximadamente 44% das famílias brasileiras têm algum tipo de animal doméstico. De acordo com levantamento feito pelo IBGE e atualizado pelo Instituto Pet Brasil, o número total de pets em todo o território nacional já soma mais de 139 milhões. Sendo que, algumas pessoas têm dois, três ou mais animais de estimação.
Diante deste cenário e pensando no bem-estar das famílias e seus animais de estimação, o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) reuniu algumas orientações sobre como transportar os pets com segurança no carro ou no ônibus, seja para passeios ou viagens longas, e até mesmo durante percursos curtos, como idas ao banho e tosa ou ao médico veterinário.
“Devemos ser prudentes não apenas conosco, mas também com os animais que são considerados membros da família. Por isso, o transporte em caixas específicas, o uso do cinto de segurança próprio e até mesmo os cuidados veterinários salvam a vida dos nossos companheiros”, considera Wagner Mesquita, diretor-geral do Detran-PR.
Transporte no carro e no ônibus
Ele ressalta que os condutores que forem flagrados transportando animais de forma irregular poderão ser multados. “Transportar animais à esquerda do motorista ou no colo, além de prejudicar a direção defensiva é, também, considerado infração de trânsito, de acordo com o art. 252, inciso II do Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”, informa Mesquita. Essa é uma infração média com multa no valor de R$ 130,16.
Já transportar o pet nas partes externas do veículo é infração grave e pode render multa de R$ 195,23, além de retenção do veículo até a regularização.
Transporte rodoviário
Para o transporte rodoviário, os tutores dos pets devem, prioritariamente, consultar as regras da empresa para esse tipo de transporte. Depois disso, comprar uma passagem para a viagem do animal, com exceção dos cães guias. É necessário, também, apresentar atestado veterinário que indique que o pet em boas condições de saúde e apto a viajar.
Motos ou bicicletas
Para quem gosta de pedalar ou andar de moto com seu pet, não há proibição. No entanto, o ciclista ou o condutor, assim como o animal, devem estar seguros e confortáveis durante o trajeto, enfatiza o diretor do Detran-PR.
“Não existe legislação que proíba o transporte, porém, a falta de segurança, falta de atenção e falta dos cuidados indispensáveis à segurança, configura-se infração conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”, afirma.
Outros cuidados importantes
Assim como os humanos, os pets podem sentir enjoo durante o trajeto, por isso, não é indicado alimentá-los momentos antes do deslocamento nem durante o percurso. “O movimento e os solavancos do carro repercutem na área responsável pelo equilíbrio dos animais, causando esse tipo de sintoma e a possibilidade de vômitos para o pet e estresse para o condutor durante o trajeto”, explica Karina Mussolino, médica veterinária e gerente técnica de clínicas da Petz.
Ela destaca ainda que, se o pet não tem o hábito de passear dentro das caixas de transporte, é preciso fazer uma preparação. A orientação é fazer passeios antes, para que o pet se acostume com a caixa e não se estresse durante a viagem.
“Também é importante não deixar seu pet com o focinho na janela do carro e ‘de cara’ para o vento. Além de causar danos à saúde do pet, que pode contrair inflamação no conduto auditivo e úlceras de córnea, estando na janela do carro, eles podem se assustar em algum momento e pular, provocando acidentes no trânsito. Por tudo isso, expô-los à velocidade do vento, definitivamente, não é recomendável”, reforça Mussolino.
Fonte: Portal do Trânsito