Por Gearlla Velloso
O enfermeiro presta assistência ao paciente, em todas as etapas do tratamento oncológico. Desde o diagnóstico da doença, passando pelas várias fases do tratamento como a cirurgia, a radioterapia, e o tratamento com medicamentos e quimioterapia.
Além de prestar assistência, o enfermeiro tem outras atribuições, como tomar providências administrativas para a liberação e agendamento dos procedimentos de tratamento, além de ter papel educacional, orientando tanto o paciente quanto os familiares durante o tratamento.
Segundo a resolução COFEN 569/2018, que regulamenta a atuação dos profissionais de enfermagem em quimioterapia, são competências do enfermeiro:
- Planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar todas as atividades de enfermagem, em pacientes submetidos ao tratamento quimioterápico;
- Elaborar protocolos terapêuticos de enfermagem na prevenção, tratamento e minimização dos efeitos colaterais em pacientes;
- Assistir, de maneira integral, os pacientes e suas famílias, tendo como base o Código de Ética dos profissionais de Enfermagem e a legislação vigente;
- Ministrar quimioterápico, conforme farmacocinética da droga e protocolo terapêutico;
- Promover e difundir medidas de prevenção de riscos, por meio da educação dos pacientes e familiares, objetivando melhorar a qualidade de vida do paciente;
- Participar da definição da política de recursos humanos, da aquisição de material e da disposição da área física, necessários à assistência integral aos pacientes;
- Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações pertinentes às áreas de atuação;
- Promover e participar da integração da equipe multiprofissional, procurando garantir uma assistência integral ao cliente e familiares;
- Registrar informações e dados estatísticos pertinentes à assistência de enfermagem, interpretando e otimizando a utilização dos mesmos;
O profissional de enfermagem é certamente, o membro da equipe multidisciplinar, que mais tempo permanece com o paciente e muitas vezes o primeiro a identificar sinais, sintomas e efeitos indesejáveis.
À enfermagem cabe prestar cuidados que amparem, suportem e confortem, buscando sempre que possível preservar a autonomia do paciente, reforçando o valor do autocuidado, e a importância da participação do paciente e de seus familiares, nas decisões sobre o tratamento.
Enfermeiros especializados em oncologia, agregam valor ao atendimento ao paciente, reduzindo a permanência hospitalar e evitando internação desnecessária (por conta de complicações pós-cirurgia e pós-quimioterapia), atuando de forma mais assertiva no controle de sintomas e reações adversas, garantindo maior adesão ao tratamento, o que aumenta a qualidade de vida e chances de cura dos pacientes.
Fontes: SBEO (Sociedade Brasileira de Enfermagem Oncológica) /COFEN (Conselho Federal de Enfermagem)