Sal do Himalaia não é melhor do que o comum, diz nutrólogo

Foto: tsvibrav/ Thinkstock/ Getty images
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O Sal rosa é extraído das minas secas do Himalaia, na Ásia, e não passa pelo processo de refinamento. Por isso, muitas pesquisas e livros afirmam que o tempero mantém mais de 80 minerais (como cálcio, ferro, magnésio, zinco e selênio) e apenas 240 miligramas de sódio por grama do produto (260 a menos que o sal refinado). Apesar de ter o mesmo sabor que a versão refinada, o sal natural é bem mais caro, algo em torno de R$ 35. Já o comum é vendido, em média, por R$ 2. De acordo com as pesquisas realizadas, a pedido de fabricantes, o tempero oferece benefícios como prevenir cãibras, melhorar a circulação e a qualidade do sono. Mas, será que ele é realmente melhor do que a versão tradicional? Para o nutrólogo Celso Cukier o sal rosa contém mais minerais que o branco, mas não o suficiente para oferecer tais benefícios. Isso porque a concentração é baixa e para fazer uma real diferença no funcionamento do organismo seria preciso ingerir altas doses de sal, o que geraria um consumo exagerado de sódio. Em entrevista ao blog A Chata das Dietas, do jornal Folha de São Paulo, ele citou um exemplo simples: um grama de sal rosa contém 4 mg de cálcio. Segundo a Anvisa, um adulto deve ingerir 1.000 mg de cálcio por dia. Isso equivale a 250 gramas de sal do Himalaia. Uma missão quase impossível de se realizar, né? Na verdade, nem deveríamos consumir essa quantidade de sal, uma vez que o excesso de sódio causa retenção de líquido, aumento da pressão arterial e alterações renais, além do risco aumentado de trombose, infarto e acidente vascular cerebral. Como devemos maneirar a ingestão – e a concentração de minerais nos produtos é baixa – não há diferença na substituição de um pelo outro. Vale ressaltar que, independente da sua escolha, o consumo deve ser sempre menor. (Boa Forma)



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