Salvador: Homem é levado em capô de carro por 1 km após briga por garagem

Homem foi levado em capô do carro após discutir com mulher por vaga no bairro de Nazaré, em Salvador

Um homem denunciou uma mulher por jogar o carro contra ele, após uma discussão por causa de uma vaga, na segunda-feira (3), no bairro de Nazaré, em Salvador. Ele chegou a ser levado no capô do veículo por cerca de 1km. A Polícia Civil investiga o caso.

A vítima foi identificada como Uelber Aleluia. Segundo ele, a mulher estacionou na frente da garagem da clínica dele. Ele diz ainda que foi ofendido com injúrias raciais.

Ao g1, ele contou que está fisicamente bem, mas abalado psicologicamente por causa das injúrias raciais.

“Estou fisicamente bem, tive algumas escoriações na perna, mas psicologicamente abalado por conta das injúrias raciais, porque foi a primeira vez. Essa senhora estava descontrolada, xingando, falou que ‘esses pretinhos são todos assim’, por um motivo banal, que poderia ser resolvido com um diálogo”, afirmou.

Ele relata que a mulher se negou a conversas com ele e continuou o ofendendo com frases como “não tenho diálogo com neguinhos” e “não converso com neguinhos”.

Uelber Aleluia afirma que a mulher com quem discutiu é psicóloga e lamenta a situação. Veja a situação:

“Até hoje não consigo deitar minha cabeça na cama e dormir. Fiz uma pesquisa, descobri que essa pessoa é formada em psicologia e eu não sei como uma pessoa dessa pode exercer essa profissão”, disse Uelber Aleluia.

Discussão por vaga

Uelber explicou que antes da mulher estacionar o carro, flanelinhas chegaram a pedir para ela não parar no local, já que a vaga é destinada à clínica e também dá acesso a um lar de idosos.

“Ela indagou para ele que não tinha sinalização vertical e que ia estacionar aqui mesmo. Foi o que ela fez, foi bastante ignorante com ele, se retirou do carro e foi para seu destino”, relatou.

Quando ele chegou ao local e viu a discussão, disse a mulher que o espaço é uma vaga para a clínica dele, no entanto, ela teria se revoltado e o atropelado.

“Foi nesse momento que ela falou que ‘esses pretinhos são todos iguais’, arrastou o carro e disse: ‘não converso com esses neguinhos’. Aí fui atropelado e arrastado”.

Em nota, a Polícia Civil informou que investiga o caso de injúria racial, além de dano e ameaça sofrida por Uelber Aleluia.

Fonte: iBahia

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