O homem achado morto neste domingo (15) na região do Cristo da Barra, em Salvador, foi identificado como Júlio César Moreira, de 36 anos. O pedagogo era do Paraná e estava em Salvador de férias com a mãe. O corpo tinha um ferimento na cabeça, mas a morte não está sendo tratada como crime pela Polícia Civil.
Júlio estava hospedado com a mãe em um hotel na Barra. No sábado à noite, ele disse para a mãe que ia sair para pedalar um pouco e voltaria para que os dois jantassem. Já para o companheiro, Júlio contou que ia se encontrar com um amigo. Depois que ele saiu, não foi mais visto e o corpo dele foi achado na manhã do domingo.
“Ele falou que ia dar uma pedalada e logo voltava pra gente ir comer alguma coisa. E aí não apareceu, fiquei a noite toda esperando, na janela olhando. Ele não apareceu“, disse à TV Bahia a mãe da vítima, Josélia Moreira. Ela não acredita em morte acidental. “Queda sem chances. Ou alguém empurrou ele, ou foi assalto, homofobia. Acredito que seja (crime de homofobia). Ou talvez tentaram pegar alguma coisa dele, ele não quis e empurraram ele“, acrescentou.
A mãe disse que o filho não falou que iria encontrar ninguém ao sair. Ela disse esperar justiça. “Júlio era um menino de ouro. Ele era aquele filho perfeito, que toda mãe queria ter. Era um menino muito amado, muito respeitado, desde criança ao idoso. Uma pessoa muito querida. Nunca me deu trabalho nessa vida“, disse. “Espero que isso não fique em vão“.
O turista e a mãe chegaram à capital no dia 4 de outubro. Júlio já tinha morado na Bahia, trabalhando como professor, e atualmente vivia em Curitiba com o companheiro. A mãe dele ainda não conhecia Salvador.
Corpo achado na Barra
De acordo com informações da Polícia Militar, uma equipe da 11ª Companhia Independente foi até o local e encontrou o homem já sem vida na Avenida Oceânica. O local foi isolado e o Departamento de Polícia Técnica foi até o local para levar o corpo para o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.
A Polícia Civil diz que a ocorrência está registrada como morte a esclarecer sem indício de crime.
O corpo do pedagogo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador. Depois de liberado, o corpo seguirá para velório e enterro em Jaguariaíva, no interior do estado, onde a família dele vive. A previsão é que o enterro aconteça na quarta (18).