A Justiça transformou em preventiva a prisão em flagrante do pai suspeito de matar o filho, Pedro Lucas, de um ano e seis meses, na última quarta-feira (19), no bairro de Periperi, em Salvador. De acordo com o relatório médico realizado no Hospital Geral do Estado, Pedro Lucas sofreu politraumatismos e abuso sexual.
O pai da criança está preso na carceragem da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos enquanto aguarda uma vaga no presídio da Mata Escura, para onde deve ir na segunda-feira (24). Em depoimento à polícia, o suspeito teria dito que a criança se feriu após cair da banheira.
A mãe da criança afirmou, em entrevista ao programa Balanço Geral, da Record TV Itapoan, nesta sexta-feira (21), que estava grata pela prisão preventiva do pai do menino.
“Não consigo mais olhar para ele depois de saber o que ele fez com meu filho. Quero apagar essa imagem. Não sei como vou seguir daqui pra frente depois de saber o que ele fez”, declarou a mãe.
A avó de Pedro afirmou que apareciam manchas no corpo da criança e que ela desconfiava da agressão: “Prendia ela (a mãe) para não levar o menino pra minha casa, para eu e a irmã não tomarmos conta dele. Ele já vinha abusando da criança, de acordo com o relatório médico. O braço apareceu machucado. Achei mordida. O meu neto dizia que não queria ir (para casa do pai)”, afirmou a avó.
O advogado criminalista Hudson Dantas afirmou que aguarda a distribuição do inquérito para começar a fazer o trabalho de auxilio ao Ministério Publico. Se for confirmado que foi cometido o crime de abuso sexual, o pai pode pegar até 40 anos de reclusão, mas, segundo o profissional, isso será difícil por causa das progressões.
“Na prisão, ele terá que viver em isolamento porque os presos não aceitam criminosos que cometeram crime de abuso sexual”, afirmou o advogado.
O enterro da criança será no sábado (22), no cemitério de Plataforma, às 10 horas. (BNews)