Os taxistas que atuam em Salvador e região metropolitana estão temerosos com uma onda de assalto que atinge a categoria. Do dia 1º de janeiro até esta segunda-feira (18) foram registradas 347 ocorrências, número superior ao computado durante todo o ano de 2018 (333).
Somente entre sábado (16) e domingo (17), segundo dados enviados ao bahia.ba pela Associação Geral dos Taxistas (AGT), 25 assaltos foram realizados. Desse total, 15 veículos foram roubados.
“A estatística, infelizmente, é alta. Está cada vez mais aumentando porque os marginais têm a certeza da impunidade e porque acha o táxi fácil de ser levado. Os bandidos são presos, mas na audiência de custódia estão sendo soltos. O último colega que foi assaltado, passou por uma blitz com o assaltante, mas não teve seu carro abordado. Não houve nada”, disse Denis Paim, presidente da AGT.
Segundo ele, há algum tempo a categoria reivindica junto à Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) ações efetivas para reduzir os índices de assaltos e aumentar carros recuperados após o crime. Uma das sugestões dos taxistas é que fosse criada uma delegacia especializada.
“Isso facilitaria a vida do taxista, porque a gente demora até um dia para conseguir fazer um boletim de ocorrência. Queremos também mais abordagens, mas também abordando os passageiros, não apenas o taxista. São pontos que amenizaria bastante a criminalidade. No início do mês, o carro de um colega foi assaltado, com ele, o meliante praticou uma semana de delitos. O táxi é padronizado e a polícia não consegue encontrar. Eu mesmo já fui com um colega buscar o carro dele que foi identificado em uma invasão, porque a polícia não quis ir. A gente está desassitido. A SSP precisa dar atenção maior para a categoria”, pediu Paim. (Bahia.Ba)