Santa Catarina decidiu decretar estado de calamidade pública após a passagem do ‘ciclone bomba’, que atingiu pelo menos 135 dos 295 municípios do estado. A informação foi divulgada pelo secretário da Defesa Civil de Santa Catarina, João Batista Cordeiro Junior, na manhã desta quinta-feira (2). O decreto ainda não foi publicado no Diário Oficial do Estado.
Nove pessoas morreram e outras duas continuam desaparecidas em Canelinhas, no Norte catarinense, e em Brusque, no Vale do Itajaí. Até as 9h20 desta quinta, 238,4 mil imóveis permaneciam sem energia, segundo monitoramento da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina).
Na prática, conforme o secretário, o decreto permite agilizar os processos para que o estado tenha acesso a recursos destinados à reconstrução das cidades atingidas.
“Nós tivemos uma situação que envolveu o estado inteiro, com óbitos, com prejuízos materiais públicos e privados. Conversamos ontem com o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil [Alexandre Lucas Alves] para que a gente agilize os processos de repasse de recurso da União, principal para a questão da reconstrução”, afirmou.
Ainda não há informações sobre o valor recebido, pois, segundo Cordeiro Júnior, o montante solicitado vai depender da avaliação dos estragos, que ainda é realizada.
Está prevista para a tarde desta quinta uma reunião com o Fórum Parlamentar Catarinense, composto por senadores e deputados estaduais, onde será avaliado o envio de auxílio ao estado. Conforme o secretário, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) enviou ao governo um documento no qual coloca à disposição R$ 30 milhões para ações relativas ao ciclone.
Municípios contabilizam prejuízos
Nesta quinta-feira, o estado avalia os prejuízos junto aos 135 municípios que registraram ocorrências causadas pelo ciclone. Algumas prefeituras já entregaram o levantamento dos estragos e outras ainda contabilizam os danos, por isso o número de cidades atingidas podem aumentar no decorrer do dia, conforme o secretário.
“Em todas as regiões do estado nós temos municípios que necessitam e estão recebendo apoio. [O ciclone] começou no extremo-oeste e no Oeste, e essa onda veio seguindo, chegou no Planalto Norte, região Sul do Estado e no Litoral, que foi a última afetada”, disse. (G1)