Se atendimento não for suspenso, bancos serão principais vetores de coronavírus, diz sindicato

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, afirmou nesta quarta-feira (18) que os bancos têm adotado uma postura intransigente ao não adotar procedimentos para a preservação da saúde de funcionários ante a pandemia do novo coronavírus.

Ao bahia.ba, o dirigente disse que, caso as instituições financeiras não decidam suspender o atendimento ao público, as agências poderão se transformar vetores para a propagação da Covid-19.

“Na Bahia, os impactos não têm sido ainda tão graves por causa da greve dos vigilantes, que está limitando o atendimento à população. Mas, assim que a greve acabar, as agências vão se transformar em verdadeiros aglomerados de pessoas, facilitando a contaminação”, diz Vasconcelos.

Segundo ele, o sindicato tem cobrando medidas enérgicas tanto do poder público quanto da cúpula dos bancos.

“Solicitamos uma reunião com o governador do Estado [Rui Costa]. Eu já estive com o secretário municipal de saúde, Leo Prates, tratando do assunto em Salvador. Pedi também uma reunião com ACM Neto [prefeito da capital]. A gente quer que o poder público entre em campo também. Eles estão limitado eventos etc. Mas qualquer agência bancária normalmente tem mais de 50 pessoas, somando clientes, funcionários, vigilantes e prestadores de serviços.”

Diante das projeções para um possível agravamento do atual cenário, a entidade resolveu montar um comitê de crise para tratar da questão.

“Estamos tratando com todos os bancos. Estivemos com a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos], montamos um comitê de crise e estamos tratando caso a caso. O sindicato tem reivindicado dos bancos procedimento de contingência até mesmo nos casos em que, se não for possível garantir a distancia mínima entre bancários e clientes, entre os próprios bancários, vigilantes, as agências avaliem a possibilidade de suspender o atendimento”, reiterou.

“Nesse momento o mais importante e a preservação da saúde das pessoas. Até porque grande parte do público que frequenta as agências bancárias são idosos. Estamos muito preocupados com isso. A postura dos bancos não pode ser irresponsável com a vida das pessoas”, afirma Vasconcelos.

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