Após o Conselho Penitenciário do Estado Bahia (Copen) revelar que iria oficiar a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) por utilização de ivermectina para a Covid-19 no sistema prisional, a Seap disse que “não comprou” o medicamento.
“Ninguém pode dizer o que é bom para essa doença. Hoje ninguém sabe o que cura isso. Adotamos todas as providências que estavam no alcance fazer. Não perdemos nenhum interno. Vem gente de delegacias da Bahia inteira. Reduzimos o recebimento das quarentenas. Se entra outro com um prazo diferente. Fizemos testagens. Tivemos alguns internos infectados. Nenhum agravou ou veio a óbito”, disse o secretário Nestor Duarte.
Segundo o secretário, os municípios possuem protocolos de saúde diferentes. “Seguimos o ministério e a secretaria. Muito antibiótico, álcool gel, suspendemos visitas. 10 meses sem visitas. Voltamos a ter vista. Nossa preocupação é com vidas humanas. Visitas de segunda a sexta, suspende por 14 dias, fazemos as testagens e retomamos as visitas. Foi uma informação equivocada. E se a gente tivesse comprado? Não procede o fato”, disse o secretário.
A informação sobre o incremento no estoque do medicamento no sistema prisional baiano, que possui 13.380 pessoas com restrição de liberdade, distribuídas em 26 unidades prisionais, consta em um monitoramento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicado quinzenalmente (acesse aqui). “Houve incremento desses insumos [medicamentos] especialmente ivermectina”, evidencia a versão mais recente do levantamento, publicada no dia 3 de fevereiro.