Secretária revela alguns dos gastos da saúde em S. A. de Jesus, entre eles: a UPA, informatização e exames

, Ariana comentou sobre o que foi feito após as denúncias, para que a distribuição de fraldas voltasse a funcionar de forma regular

Foto: Voz da Bahia

O Voz da Bahia entrevistou a secretária de saúde da cidade de Santo Antônio de Jesus, a enfermeira Ariana Castro, que falou sobre a situação das irregularidades denunciadas na pasta, a época do ex-secretário, Dr. Leonel Cafezeiro (relembre aqui), além de comentar sobre a informatização das unidades de saúde do município.

Em entrevista ao programa Meio-Dia e Meia, Ariana comentou sobre o que foi feito após as denúncias, para que a distribuição de fraldas voltasse a funcionar de forma regular, principalmente, após a auditoria confirmar que houve pagamento da grande quantidade do produto e o município ficar sem as receber, “tudo o que cabia a Secretaria de Saúde em relação a fornecimento de informações, foi feito. O antigo secretário, Dr. Leonel Cafezeiro, solicitou a auditoria. Quando saiu o relatório final, eles encaminharam e fizemos os despachos. Tudo para nos ajudar com relação a não ocorrência de possíveis erros nas distribuições de fraldas foi: fizemos uma nova portaria, todos os pacientes que fazem uso de fraldas geriátricas estarão finalizando o cadastro. Toda a situação de distribuição de fraldas estão regularizadas. Os pacientes as pegam nas unidades de saúde, pois, conseguimos informatizar as unidades, é encaminhado o quantitativo de fraldas, fazemos a liberação, tudo de forma informatizada. Os pacientes que vieram a óbito, por exemplo, as fraldas são devolvidas ao almoxarifado para repassar as pessoas necessitadas”, falou.

Ariana esclarece o que é o sistema integrado de saúde, “foi implantado pela gestão para melhorar a comunicação entre os setores e ajudar a população, é um sistema integrado, onde conseguimos incorporar todas as nossas redes, como atenção básica, almoxarifado, regulação. Agora, estamos informatizando a média e alta complexidade, atenção especializada. Apenas duas unidades ainda não foram informatizadas, que são as unidades do bairro Zilda Arns e Cidade Nova, mas já estamos trabalhando para credencia-las e informatiza-las. Hoje, pagamos R$ 53 mil pela informatização, mais R$ 3 mil pela hospedagem. Tivemos um grande problema no mês de março, onde uma pessoa foi desligada e ela apagou toda nossa base. Com isso, tivemos que fazer hospedagem, a partir daí, temos um contrato onde a hospedagem, mesmo que a pessoa não fique, ela tem a obrigação de nos entregar toda a nossa base de dados. É um sistema que trouxe muitos benefícios, conseguimos descentralizar as regulações, as pessoas não precisam mais ficar debaixo de chuva e sol para conseguir uma marcação”, declarou.

Após ser questionada sobre a gestão da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), a secretária comentou como o município contribui, juntamente ao Governo Federal para manter a unidade, “existe um contrato, houve uma licitação. A nossa UPA é porte ‘2’ e hoje o contrato está perfazendo por volta R$ 800 mil reais. O município só recebe do Governo Federal, apenas R$ 175 mil, agora estamos fazendo a qualificação dessa UPA, para conseguir ampliar esse recurso para R$ 350 mil. Hoje, temos 3 médicos, saímos de um quantitativo de 60 pacientes, para 200. Não é apenas a assistência, fazemos toda a gestão da parte burocrática que rege todos os serviços de saúde”, disse.

Ariana explanou ao Voz da Bahia também, o quanto é gasto no município com exames laboratoriais, “solicitei que colocasse uma parametrização de pelo menos três meses, para conseguir dar vazão e oportunidade àqueles que não estavam conseguindo realizar. Hoje, Santo Antônio de Jesus também é Polo de saúde, disponibilizamos exames de laboratório e outros procedimentos para outros municípios, que injetam os recursos deles aqui. O PPI (Programação Pactuada Integrada), ou seja, existe uma pactuação de municípios que não conseguem realizar os procedimentos, e via Estado, esse valor do município entra aqui. O valor anual é de R$ 380 mil. Em média, estávamos gastando cerca de R$ 180 mil de exames por mês, porque não é só Santo Antônio de Jesus, mas sim, outros municípios que são pactuados através da PPI”, declarou.

Reportagem: Voz da Bahia

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