Bahia: Secretário de Saúde alerta para ‘fake news’ sobre vacinação contra sarampo

Fotos: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

O secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, fez um alerta à população sobre a circulação de informações falsas, conhecidas como “fake news”, sobre vacinas, a exemplo da que previne o sarampo. Em entrevista à Rádio Metrópole hoje (4), ele disse o aumento de casos da doença é mundial e atinge até mesmo países desenvolvidos. Apesar de considerar que o programa vacinal brasileiro é o mais bem sucedido do mundo, o secretário afirmou que a população deixou de enxergar os efeitos da doença e, com isso, passou a não ver a importância da vacinação.

“Tenho 52 anos e minha geração toda teve sarampo. Uma das causas da mortalidade infantil era o sarampo. Essa juventude, essas mães de hoje em dia não viram isso e não sabem a gravidade. E estão caindo em uma fake news de que vacinar é coisa antinatural. As taxas de cobertura vacinal no Brasil despencaram. Para se ter uma ideia, a gente precisa ter, para se estar protegido, 95% de cobertura. Algumas vacinas chegaram a menos de 50%”, informou Vilas-Boas. 

Ele destacou que é preciso atuar em duas estratégias: imunização infantil e do grupo que entrou em contato com visitantes de São Paulo, onde a maioria dos casos foram confirmados.

“A gente precisa trabalhar em duas vertentes. Uma de conscientizar a população para que leve as crianças com mais de 6 meses para vacinar. As pessoas que tem morrido são crianças com menos de um ano. Normalmente se vacinariam crianças com mais de um ano, mas estamos vacinando as com mais de 6 meses, porque tem crianças morrendo com 10 meses”, disse.

O secretário declarou que se reuniu com representantes do setor turístico baiano, para tentar aumentar a cobertura de vacinação para este grupo.

“Nós recomendamos que as pessoas que irão a São Paulo, onde tem 99,1% dos casos confirmados de sarampo, que se vacinem. Nós reunimos prefeitos e com o trade turístico da Bahia, estamos fazendo trabalho de vacinação dos funcionários de hotéis, pousadas e restaurantes, transportes, vans e receptivos, para que estas pessoas estejam bloqueada. Estamos trabalhando com 10 cidades turísticas que recebem turistas de São Paulo e da Europa, para que essa população esteja com cobertura de 95%”, completou.

(Metro1) 

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