Secretário de Saúde de S. A. de Jesus explica o porque a paciente suspeita de coronavírus foi para casa

Foto: Voz da Bahia

Após a divulgação sobre o primeiro caso suspeito de Coronavírus (COVID-19) em uma mulher paciente do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (HRSAJ), feita pela Secretaria de Saúde do município (veja aqui), e a confirmação do prefeito Rogério Andrade (PSD), sobre realizar todas as precauções de acordo com o Ministério da Saúde (veja mais); o secretário de saúde da cidade, Dr. Leandro Lobo, confirmou em entrevista coletiva que o caso da paciente ainda é considerado suspeito, mas está aguardando a confirmação, “se instaurou o estado de alerta, estudo e preocupação mediante este quadro de Coronavírus. É verdade que temos um caso de suspeita da doença em uma mulher de Portugal que deu entrada no HRSAJ (Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus) com um quadro clínico característico de gripe, que chamava atenção principalmente pela sua origem, de onde ela veio. Estamos todos trabalhando com esse protocolo para melhor atender a paciente. O HRSAJ coletou material para ser encaminhado Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), e em tempo oportuno seremos notificados se há confirmação”, declarou.

Protocolo para os familiares da vítima:

O secretário comentou sobre o protocolo da doença para familiares e pessoas que tiveram contato com pessoas com suspeita da doença, tendo em vista que os dois casos registrados na Bahia, foram de pessoas contactantes, “dentro do protocolo para o COVID-19, existe a questão de quarentena. Aos parentes e contactantes, os que estão mais próximo da paciente, em função do seu diagnóstico, os parentes e familiares mais próximos passaram por um isolamento respeitoso, onde cada um se mantem vigiado, cuidado e hidratado, usando os hábitos de higiene necessários, onde caso haja alguma manifestação clínica como febre por mais de 48h, também passaram por exames. Para cada paciente com suspeita, os demais que tiveram contato, não só os profissionais de saúde, mas sobretudo os familiares, entrarão também neste regime por um prazo que pode começar com 14 dias”, falou.

Taxa de mortalidade:

Após ser questionado sobre a possibilidade de solicitação mais pessoas para a equipe de saúde, Dr. Leandro afirmou que os profissionais que trabalham no município estão qualificados. Além disto, contou sobre a taxa de mortalidade da doença, que afeta principalmente os idosos, “todos os profissionais de saúde do município estão habilitados para tratar do quadro. É um quadro viral, portanto, não há uma medicação específica. Como é parecida com a gripe, influenza, virose, temos que observar a taxa de mortalidade, que está muito relacionada aos pacientes de maior idade. Pacientes acima de 80 anos, a taxa de complicação de acordo com estatísticas mais recentes, é de 14,8% de acontecer complicações. Pacientes com 70 a 79 anos, cai para 8% e para aqueles com 59 a 60 anos são 3,6%. Isso acontece de maneira que a gente tem uma visão atual através da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a letalidade não é alta, mas quando ela surge é para os idosos e aqueles com enfermidades como diabetes, hipertensão, doenças autoimunes, doenças neoplásicas. Santo Antônio de Jesus não vai ser alvo de uma zona com muitos pacientes, mas a Secretaria de Saúde esteve preparada desde o anuncio. Nosso perímetro está sendo monitorado e a cidade está preparada para isso, como o caso da suspeita no HRSAJ, que foi documentada e enviada para a SESAB, que caso seja confirmada, partiremos para uma outra situação”, pontuou.

Quarentena domiciliar:

Dr. Leandro foi perguntado também sobre os motivos de ter encaminhado a paciente suspeita no município, para quarentena em sua própria residência. Além disto, contou sobre como é feito o registro médico para uma suspeita da doença, “no caso em questão, é uma paciente jovem, que está fora da faixa etária para letalidade e sem outros problemas de saúde. Ela chega no hospital com a informação de que está corizando, tossindo, coceira na garganta e levemente febril, além disto, veio de outra região. O médico vai perguntar qual, e a depender da resposta, ele vai levantar suspeita e vai abrir uma notificação. Entretanto neste caso, a paciente tem um estado clínico muito bom, hemodinamicamente estável, pulso bom, pressão boa, níveis de glicemia corada, ventilando muito bem e a febre não está alta. A paciente foi orientada a hidratação, remédios sintomáticos se necessário (dipirona ou paracetamol), e ela vai para casa ficar em repouso e só irá sair se for uma extrema necessidade como piora no quadro. Com isto, podemos afirmar que a quarentena pode ser domiciliar. Os pacientes que irão necessitar de um atendimento hospitalar e um internamento, podendo até chegar na UTI, são aqueles que os sintomas são muito exuberantes, grave que beira a insuficiência respiratória”, finalizou.

Assista a entrevista abaixo:

Reportagem: Voz da Bahia

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