A realidade estendida é um conceito que integra o mundo real e o digital por meio de tecnologias imersivas, a exemplo das realidades aumentada e virtual. O tema ganhou força ao longo dos últimos anos e é apontado como o sucessor da internet móvel. Com a relevância dessas novas experiências, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) trabalha em um projeto a ser instalado na capital baiana.
A iniciativa prevê oferecer a possibilidade de realização de eventos através de uma arena voltada à realidade estendida. Nesta sexta-feira (27), em São Paulo, o secretário André Joazeiro participou de reunião com representantes do setor para avançar nas tratativas sobre a proposta.
De acordo com o secretário André Joazeiro, o intuito é valorizar ainda mais os artistas da Bahia utilizando as possibilidades do mundo digital. “Queremos montar uma arena de eventos para realidade estendida onde seja possível o artista baiano fazer shows ao vivo para o mundo inteiro. Fazer, através desse espaço virtual, conexões de artistas locais com os internacionais. Vou citar um exemplo hipotético, que seria unir um grande músico da nossa terra, como Carlinhos Brown, com uma estrela mundial, como Madonna. Eles estariam em espaços físicos diferentes, mas no mesmo palco em uma realidade estendida. É um projeto tecnológico, mas que promove internacionalização e valorização da nossa cultura”, idealiza.
Em São Paulo, a equipe Secti conheceu também o Fab Lab, que é uma oficina compartilhada onde se desenvolve projetos de fabricação digital. O propósito da visita é compreender como esse ambiente funciona para pensar na expansão dos espaços cocriadores na Bahia. “Buscamos entender o modelo de gestão desses ambientes para ampliar a rede de espaços de cocriação, criatividade e inovação, que façam uso dessas ferramentas de prototipagem digital na Bahia. Esses espaços são uma das grandes tendências globais e que possibilita o desenvolvimentos de talentos para chamadas profissões do futuro”, afirma Sócrates Santana, coordenador de Projetos Especiais da Secti.
Segundo Luiz Otávio, presidente do Instituto de Tecnologia Social (ITS), que coordena a rede Fab Lab Livre São Paulo, o local disponibiliza capacitação sobre fabricação digital e fica aberto ao público. “São ensinadas diversas técnicas e formas para que os usuários tenham contato com a fabricação digital. É um laboratório maker, porém, o mais importante nesse espaço são as pessoas. Aqui, elas podem fazer cursos, desenvolver seus projetos ou ter vivências no mundo da tecnologia. Cerca de 3 mil pessoas são atendidas mensalmente”, explica. (BN)