Sem estoque de seringa, Feira suspende vacina BCG no município

Foto: Freepik

A Secretaria de Saúde do município de Feira de Santana informou, nesta quarta-feira (2), a falta de seringas utilizadas na aplicação da vacina BCG, indicada para as crianças no primeiro mês de vida. Por conta disso, a imunização dos recém-nascidos está suspensa na cidade.

De acordo com o secretário de Saúde de Feira, Marcelo Britto, a demanda pela seringa aumentou porque ela é a mesma utilizada para a vacina da Pfizer, que foi priorizada. “Com a vinda da vacina da Pfizer, todo mundo comprou essas seringas para usar na vacina da Pfizer e esquecemos que tem necessidade de fazer a BCG”, revela.

Britto explica que a seringa específica é a única que garante a segurança na aplicação da vacina nos bebês, por isso ela é necessária para a ação. “A vacina BCG, muito parecida com a vacina da Pfizer, tem uma quantidade pequena de dosagem. Para vocês terem uma noção, é de 0,5 ml, o que é aplicado. Não pode correr o risco de aplicar mais, senão corre o risco de acontecer o que se chama ultra dosagem e a criança pode ter algum problema por causa da utilização indevida”, diz.

Ainda segundo chefe da pasta municipal, a seringa era entregue, junto com a vacina, pelo Núcleo Regional de Saúde (NRS), da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que não consegue abastecer o material, em falta no mercado. “A Sesab nos avisou que ela está também com dificuldade […] de entrega dessas vacinas porque não acha para comprar”, diz o secretário, reforçando que o estado também não tem culpa.

“Nós estamos buscando comprar [as seringas], tanto na Bahia, quanto fora da Bahia, buscando até no exterior, para ver se a gente encontra uma seringa dessas para trazer, mas estamos com muita dificuldade de encontrar essa seringa. Nós utilizamos todas as seringas disponíveis para utilizar na vacina da Pfizer, para o coronavírus, e não tem seringa para aplicar a BCG, mas estamos buscando soluções”, informa Britto.

Apesar do problema, o secretário indica que a situação não é grave. “Fica o alerta para os pais dessas crianças: que não tem risco. Nós não estamos enfrentando nenhuma pandemia, endemia, crise ou surto de BCG. Portanto, não há problemas em nós adiarmos um pouco a vacinação da BCG. Assim que tivermos as seringas compradas, poderemos regularizar essa vacinação”, esclarece.

O imunizante BCG protege contra as formas graves da tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar. (Metro1)

google news