Um bebê tem passado os dias na prefeitura de Palmas, com a mãe. A situação foram do comum é resulta da não previsão de licença-maternidade para a prefeita da cidade, Cinthia Ribeiro (PSDB). Ela foi a única mulher eleita como prefeita em uma capital brasileira na última eleição municipal, em 2020.
Cinthia, que já tem um filho de 14 anos, engravidou durante o mandato e só então descobriu que não tinha direito à licença. De acordo com reportagem do Fantástico, exibida neste domingo (10), a prefeita trabalhou até o dia do parto, em 15 de novembro de 2021.O resguardo durou menos de duas semanas.
“Dez dias depois, de eu ter dado à luz o Vittorio, eu estava numa solenidade. É claro que o corpo da gente precisa desse descanso”, conta a prefeita.
O município de Palmas não prevê licença-maternidade para a função de chefe do Executivo. Então, para continuar administrando a cidade e cuidando do filho, a solução encontrada foi improvisar um quarto na prefeitura.
Apesar de a Constituição Federal assegurar o direito à licença-maternidade para todas as mulheres brasileiras, no caso de quem exerce cargo eletivo no país, falta clareza.
Em Palmas, após o nascimento de Vittorio, a Câmara de Vereadores decidiu revisar a legislação municipal. No entanto, ainda não há data para votação dessa revisão. (G1)