Com a forte chuva que incidiu sobre a cidade de Feira de Santana, muitos córregos transbordaram causando transtornos aos moradores em diversos bairros. Um desses locais foi o Conjunto Feira X, em que a parede de um córrego cedeu, trazendo risco de desabamento para o imóvel da moradora Maria de Lourdes Santos, no caminho L 20, além do risco de morte.
De acordo com Milene Santos Souza, filha de Maria de Lourdes, esse é um problema antigo, mas desde o ano passado a mãe passa por esse transtorno. Segundo ela, a prefeitura construiu um alicerce no córrego, que desmoronou no ano passado. Os órgãos municipais estiveram no local, juntamente com o prefeito Colbert Martins, e prometeram resolver a situação, o que não foi feito. Agora, com a queda da única parede de sustentação que havia sobrado, o medo e a preocupação da família aumentou.
“Essa casa não é de invasão, foi construída pela Urbs, onde se tem toda a documentação. E houve a queda do paredão que foi construído no córrego do Feira X. Teve o desmoronamento desse córrego no ano passado, e a prefeitura esteve aqui, os órgãos da prefeitura se encontraram aqui, a Defesa Civil e condenou o imóvel e pediram a retirada urgente da minha mãe com medo de um acidente fatal. Com isso minha mãe saiu do imóvel e foi para o auxílio aluguel, que inclusive já foi suspenso pela prefeitura há seis meses”, informou Milene Santos.
Com o auxílio suspenso, a filha afirmou que a mãe teve que retornar para o imóvel no Conjunto Feira X. O maior medo das duas é que a casa venha a desabar e aconteça uma tragédia. No entanto, as duas estão desempregadas e não têm como sair da casa.
“Com essa chuva que ocorreu terça-feira, o muro que se encontrava de pé ainda caiu todo. O Feira X já é reincidente disso, já tivemos vários óbitos em decorrência disso. A gente tá pedindo à prefeitura socorro, que olhe para o Feira X. Estamos vivendo em tempo de pandemia, mas outras situações também estão ocorrendo na cidade, e a população está gritando por socorro. E minha mãe tem uma casa que foi comprada com o suor, com muito sacrifício, que a Defesa Civil condenou o imóvel, minha mãe estava num auxílio aluguel que foi suspenso pela prefeitura, e ele (o prefeito) nos deu a palavra de que olharia por nós, que esse alicerce que foi construído, ele voltaria aqui e mandaria uma equipe pra fazer o trabalho. Nisso, prefeito, já temos um ano nesse sofrimento”, desabafou Milene dos Santos. (Fonte: Acorda Cidade)