Ser casado pode aumentar a chance de desenvolver pressão alta, diz estudo

Conforme estudo, se um tem pressão alta, é provável que o outro cônjuge tenha também

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Uma recente pesquisa feita pela American Heart Association aponta que a pressão alta, problema que pode causar infarto ou derrame, costuma ser um problema de casal. O estudo, publicado na quarta-feira (6), afirma que se um dos passeiros possui a condição, a chance do outro também ter varia entre 20% e 47%.

“É comum que os casais tenham os mesmos interesses, ambiente de vida, hábitos e, por isso, imaginávamos que tivessem condições de saúde parecidas”, afirmou o cardiologista Jithin Sam Varghese, da Emory University, nos Estados Unidos, em comunicado à imprensa.

A pesquisa publicada no jornal da associação clínica dos cardiologistas foi feita com casais heterossexuais de 50 anos ou mais dos Estados Unidos, Inglaterra, China e Índia. Foram 3.989 casais norte-americanos, 1.086 casais ingleses, 6.514 casais chineses e 22.389 casais indianos.

Em 47% dos casais ingleses, ambos os indivíduos tinham pressão alta. Nos EUA, esse percentual era de 38%; na China de 21%; e na Índia de 20%. Nestes dois últimos países, se os maridos tinham pressão alta, a chance da mulher ter era em média 20% maior.

“Nos países orientais existe uma noção mais forte de valores de família, com maior convivência integral dos casais, então por isso acreditamos que eles possam influenciar mais a saúde um do outro”, explica o epidemiologista, Peiyi Lu, Ph.D., da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, outro autor do estudo.

Controle da pressão alta

Conforme o estudo, a melhor forma de controlar a pressão alta é inserir a atividade física na rotina do casal, além de manter uma alimentação saudável. Especialistas acreditam que o problema deve ser enfrentado junto.

“Ser mais ativo, reduzir o estresse e adotar uma dieta mais saudável, podem reduzir a pressão arterial; no entanto, estas mudanças podem ser difíceis de alcançar e sustentar se o seu cônjuge não estiver disposto às mudanças”, defende a epidemiologista Barone Gibbs, da Escola de Saúde Pública da Virgínia, também nos EUA.

Confira algumas recomendações:

  • Manter o peso adequado para a idade;
  • Não abusar do sal;
  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Ter momentos de lazer e de bem-estar para evitar o estresse;
  • Evitar alimentos gordurosos;
  • Evitar o tabagismo e o consumo de álcool.

(BNews)

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