As 56 mil doses da vacina Coronavac produzidas pelo Instituto Butantan que chegaram à Bahia no início da noite de ontem (25) foram estocadas pela Secretaria da saúde do estado (Sesab). Segundo o representante da pasta, Fábio Vilas-Boas, a decisão de armazená-las aconteceu com o objetivo de organizar o fluxo de aplicação no público-alvo deste momento.
“Decidimos estocá-las, manter [os imunizantes] no nosso almoxarifado, porque se fôssemos distribuir [as doses] seriam apenas 23 mil pessoas [vacinadas]”. Ele reitera que as pessoas que receberam a primeira dose ainda têm que receber a segunda. Ou seja, apenas metade das vacinas disponíveis podem ser utilizadas. Por conta disso, ele afirma que “tem muita gente ainda por ser vacinada”.
O secretário criticou a escassez de imunizantes entregues ao estado e ao país. “Recebemos ontem uma quantidade muito pequena da Coronavac. O governo federal recebeu 4 milhões de doses, mas só disponibilizou para o Brasil 700 mil. Nós [baianos] recebemos 59 mil”, disse.
A Bahia recebeu, em um primeiro momento, 376 mil doses da Coronavac, depois, outras 119,5 mil da vacina de Oxford/AstraZeneca, que aguentam um intervalo maior entre as aplicações, o que permite a imunização de mais pessoas nessa primeira etapa. Elas estão sendo utilizadas na vacinação, enquanto as 59 mil do Butantan recebidas ontem ficarão guardadas para garantir a aplicação das segundas doses, que necessitam ser feitas em um espaço de tempo de duas a três semanas.
VIlas-Boas finalizou o comunicado informando que ele se reuniu ao longo do dia de ontem com as prefeituras “para ver de que formas podemos acelerar essa vacinação”. Ele afirma que “a Bahia, hoje, é o segundo estado que mais vacinou pessoas, mas, ainda assim, entendemos que é possível andar bem mais rápido”. (Metro1)