O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, tornou-se alvo de mais duas duas novas denúncias de assédio sexual pouco mais de um mês após ser demitido do governo Lula (PT) diante do surgimento das primeiras acusações.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República determinou a abertura de novos procedimentos de apuração, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Já há relatoras designadas para cada um dos novos casos.
À publicação, a defesa de Silvio Almeida informou que “não há qualquer procedimento formalmente informado” aos advogados e, por isso, não iria se pronunciar.
O recebimento das novas acusações foi confirmado pela Casa Civil da Presidência, mas não fica claro se as denúncias vieram de servidoras. A pasta, no entanto, acrescenta que não divulgará mais detalhes porque os procedimentos estão sob sigilo até a conclusão.
O então ministro dos Direitos Humanos foi demitido no dia 6 de setembro, desgastado pelo surgimento das acusações de assédio sexual. A organização Me Too Brasil confirmou na ocasião ter recebido as denúncias, mas disse que preservaria as identidades das vítimas.
Após a demissão do ministro, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, falou sobre o caso de maneira pública e disse ter sofrido importunação sexual ainda no período de transição de governo, em 2022.
Em depoimento à Polícia Federal, Anielle disse que as “abordagens inadequadas” de Almeida foram escalando até a importunação física.
O ex-ministro nega as acusações desde que vieram a público. No dia em que surgiu a denúncia, ele publicou uma nota negando as acusações.