Chegou a 100% a taxa de ocupação de leitos clínicos destinados à Covid-19 no Hospital Geral Prado Valadares (HGPV) e no São Vicente, ambos na cidade de Jequié, na região do Médio Rio de Contas. As Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) do HGPV estão em 95%. No São Vicente, não há mais vagas. A cidade registra 1.265 casos ativos da doença e 226 óbitos.
Os dados constam na plataforma de acompanhamento de leitos da Secretarial Estadual de Saúde (Sesab). De acordo com os dados, o Hospital Prado Valadares conta com 18 leitos clínicos, mas está com a demanda de 19 pacientes, o que coloca a taxa de ocupação em 106%. Já os leitos de UTI são 19, com 18 pacientes internados, representando 95% de taxa de ocupação.
No Hospital São Vicente a realidade é tão grave quanto. Todos os 40 leitos clínicos estão ocupados, assim como a totalidade dos 10 leitos de UTI. Ao Bahia Notícias, o prefeito Zé Cocá (PP) confirmou os dados e atribuiu a alta dos números a um relaxamento da população nas medidas de combate ao vírus. “Onde a taxa de ocupação está em 95%, vai subir para 100%, pois já tem gente na fila esperando. No Prado foi necessária a adaptação de novos pontos para atender leitos clínicos. Há um relaxamento total da população”, disse.
De acordo com o gestor, a cidade está fazendo 30 mil testes rápidos e a expectativa é que nos próximos 20 dias, sejam testados pelo menos 50% da população. “Até então estamos com uma média de mais de 15% de casos confirmados e essas pessoas assintomáticas estão circulando na rua. Precisamos botar essas pessoas para casa. Estamos fazendo um trabalho intenso de fiscalização e monitoramento por que de fato, depois da vacina a população achou que já tinha passado, mas não é bem assim”, disse.
Ainda de acordo com Cocá, até o final desta semana, 11 novos leitos clínicos devem ser abertos na cidade. “Estamos abrindo um leito de retaguarda no município em parceria com o Prado Valadares para dar esse apoio e tentar evitar a superlotação. Vamos fazer fazer 11 leitos iniciais e já estamos recuperando uma área para, caso necessário, abrir mais leitos clínicos”, explicou. (BN)