O presidente da ACESAJ (Associação Comercial e Empresarial de Santo Antônio de Jesus), Joel Lessa, revela um momento difícil que vem passando os comerciários do município. Devido à pandemia o comércio se encontra fechado de acordo com o último Decreto deliberado pelo poder municipal (veja aqui) e isso tem causado muita preocupação a classe.
Joel Lessa em entrevista a Andaiá diz que vem recebendo uma demanda negativa muito grande dos associados, “é uma preocupação muito grande das Entidades porque nós sabemos o que está acontecendo com as empresas, elas estão morrendo e isso também é muito preocupante para nossa cidade, ninguém tem certeza de que se fechar o comércio irá parar um problema, ninguém tem certeza até hoje. Nós estamos trabalhando para que o comércio funcione com segurança. Trabalhar as empresas, os funcionários, os empresários e também para uma campanha com o público para todos ficarem de uma forma mais prevenida possível, porque não vai poder parar. Já temos 4 meses dessa situação, imagina se levar mais 4, 8, 10 meses? A situação da saúde humana agravando e a situação da saúde econômica degringolando, é essa a nossa preocupação”, desabafa.
Nesta quarta-feira uma pesquisa revelou que a Bahia subiu de 46,2 mil para 82,2 mil casos acumulados após o período junino mesmo com o cancelamento das festas. Em Santo Antônio de Jesus os números foram de 253 para 600 casos entre os dias 21 de junho e 6 de julho (reveja). Lessa afirma que é preciso haver uma preocupação de todo o conjunto juntamente com todos os segmentos, “no São João fechou o comércio, era para pelo menos estagnar os números; não foi o comércio que trouxe a população para as ruas para se infectar e para aumentar os números de doenças, então eu acho que nós temos que trabalhar conjuntamente e não colocarmos o comércio como a linha de frente da contaminação. A opinião pública acusa o comércio, mas esquecem de serem precavidos e temos que levar essa mensagem”, explica.
O presidente da ACESAJ revela ainda, que outra grande preocupação da classe é o número dos arrombamentos que vem aumentando significativamente durante essa pandemia, “nós já solicitamos o reforço da Polícia Militar, enviamos uma correspondência ao 14º Batalhão pedindo atenção e que providências fossem adotadas para essa situação. Nós temos que apelar para as autoridades competentes; na hora da pandemia estamos apelando para as unidades de saúde, na hora da segurança temos que apelar para as autoridades de segurança, e isso que nós estamos fazendo”, evidencia.
Joel reforça que é preciso deixar de lado o extremismo, o radicalismo, “pessoas que não dependem do comércio acha que o comércio está sendo vilão. O comércio não é o vilão, é sim o motor da cidade de Santo Antônio de Jesus. Se o comércio enfraquecer os números de demissões irão piorar muito. Nós temos que criar terreno fértil para que possamos andar criando condições seguras para abrir o comércio. A população precisa se conscientizar e tomar todos os cuidados e só ir rua se tiver algo necessário para fazer, porque só nisso aí já estarão contribuindo”, finalizou.
Redação: Voz da Bahia