O Voz da Bahia entrevistou nesta quarta-feira (12), o presidente da Associação Comercial Empresarial de Santo Antônio de Jesus (ACESAJ), que falou através do programa Meio-Dia e Meia sobre diversos assuntos, entre eles: os festejos juninos da cidade; o Grupo Executivo de Planejamento (GEPLAN) que foi ligado principalmente as lideranças das entidades empresariais da cidade, onde o prefeito havia deliberado em Decreto as suas participações na gestão (relembre aqui); e a ainda deu sua opinião sobre a reforma da Feira Livre.
Inicialmente, Lessa foi questionado pelo leitor do Voz da Bahia, da possibilidade dos empresários da cidade vir a “bancar” o São João, ao invés da prefeitura, “o empresário de Santo Antônio de Jesus participa diretamente nos festejos juninos, não é só o poder público, há muitos patrocinadores. No entanto, quem comanda e organiza é a prefeitura. As entidades empresariais ajudam no que é possível, também fazendo esse contato com os empresários, promovendo e divulgando. A prefeitura tem parceiros muito fortes no São João, mas o carro-chefe é o poder público. Em 1995, 1996 e 1997, mais ou menos, quem realizava o São João era as entidades empresariais, com o comércio local. Depois de três anos de sucesso, chegamos a conclusão de que não é o papel das entidades empresariais fazer festa ou São João. Entregamos a prefeitura que soube conduzir isso de maneira brilhante. Hoje, temos o melhor São João da Bahia. Entretanto, nós nunca nos desligamos, sempre estamos participando, quando somos convidados a ajudar de alguma forma, fazemos esse intermédio com o empresário para patrocinar o São João”, declarou.
Joel foi questionado também sobre a instituição do GEPLAN (Grupo Executivo de Planejamento) da administração municipal, um grupo que é formado em sua grande maioria por executivos da ACESAJ, que foi formado para: assessorar o prefeito Genival Deolino a administrar a cidade, principalmente no que diz respeito ao planejamento municipal; acompanhamento do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano; recomendações sobre recursos e prazos na implantação de planos, programas e projetos; assessorar na estruturação de parcerias Público Privadas (PPP) no âmbito do Município; e requisitar assessoramento de técnicos da estrutura administrativa das diversas secretarias municipais, sempre que for necessário para o desenvolvimento das atividades do GEPLAN, conforme autorização da prefeitura. Sobre o assunto, Joel afirmou que “quando Genival se candidatou a prefeito, ele nos enviou uma carta informando que o mesmo estaria se desligando das entidades empresariais. Como ele é prefeito, desde então Genival se desligou totalmente da ACESAJ, não tem nenhuma participação, a não ser nos projetos relacionados de entidade para entidade. É uma relação institucional, nada mais do que isso. Continuamos com essa relação institucional, como sempre tivemos com outras administrações. Contribuímos com muitos projetos de sucesso da cidade. Estamos fazendo, vamos continuar fazendo com Genival. Se ele está acertando ou não, torço para que ele faça uma administração excelente. Sobre o GEPLAN, não administramos juntos. Participamos quando somos consultados, institucionalmente. Soubemos que houve um Decreto, mas não participamos. Fomos comunicados que haveria um Decreto, mas não foi para frente. Sempre que precisamos de alguma coisa da prefeitura, solicitamos. Se a prefeitura precisa de algo, a recíproca é verdadeira. Conversamos muito com a prefeitura através de documentos e ofícios. Continuamos trabalhando institucionalmente, nada de conselhos, nada de participação na administração diretamente. Não nos preocupamos com ação partidária”, disse.
Joel falou também sobre o que acha da possibilidade de ao invés da reforma da atual Feira Livre, construísse uma nova em outro local da cidade, “para o varejo, aquele lugar pode funcionar tranquilamente. O que não pode acontecer ali é atacado. É um transtorno para quem vai fazer suas compras do dia-a-dia. Temos uma feira organizada em um local da cidade, vamos pensar em um atacado fora do Centro da cidade, unindo às duas coisas. Também com o PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) que está sendo feito pela prefeitura, podemos estudar outros lugares, não precisa só ter uma única feira livre, deve-se criar um desenvolvimento para outras áreas”, falou o presidente.
Finalizando a entrevista, Joel manifestou novamente sobre os festejos juninos, afirmando que essa comemoração já virou uma marca na cidade, “não podemos entender Santo Antônio de Jesus sem o São João. Pois, é uma festa que se tornou forte na Bahia. Em pouco tempo a cidade conseguiu ser o melhor São João. A cidade ainda tem todas as condições e infraestrutura para receber uma grande quantidade de pessoas, diferente de outras cidades pequenas que superlotam sem uma estrutura para atende aos seus visitantes”, concluiu.
Reportagem: Voz da Bahia