Após circular nas redes sociais um texto redigido pelo empresário do município de Santo Antônio de Jesus, Jairo Passos questionou o fechamento do comércio nesta quinta-feira (18) no município (relembre aqui). O prefeito Rogério Andrade (PSD) em entrevista programa Meio-Dia e Meia na Live do Voz da Bahia nesta quarta-feira (17/06), se posicionou diante dos argumentos do empresário.

Segundo o prefeito, o posicionamento do empresário deve ser respeitado, contudo, o gestor enfatiza que não pode se balizar apenas pelo pensamento de uma classe, “eu preciso buscar esse equilíbrio. O que propagarmos o tempo todo, o meu compromisso é com toda a Santo Antônio de Jesus, com mais de 100 mil habitantes, com um comerciante, mas também com comerciário, com quem tem uma condição favorável, mas também com quem tem uma condição menos privilegiada, quem mora na cidade que ri e com que mora com a cidade que chora, e esse é o meu papel, é governar com a minha consciência. Eu não posso governar para uma categoria apenas, eu preciso governar para todos, eu preciso ouvir a todos”, explica.

Rogério afirma que o empresário Jairo tem opinião extremamente importante e está preocupado com cada problema de Santo Antônio, “eu tenho mais de 20 anos nessa cidade e sempre Jairo se posicionando dessa forma, participando, colaborando, ajudando a cada hora que passa, eu crio um laço maior com Jairo particularmente, mas eu não posso ouvir apenas a opinião e o sentimento de Jairo, eu tenho que ouvir quem também acha que o equilíbrio é importante, quem acha que a cidade com comércio funcionando nesse momento e com o nível do crescimento e proliferação do vírus na nossa cidade, que precisa segurar o pouco as atividades comerciais”, relatou.

O gestor reforça que o comércio aberto atrai mais pessoas, “com a circulação de cidadãos o risco de alguém se contaminar é maior. Quem tem mais chance de pegar? Você se ficar em casa ou eu se estiver na rua? Lógico que se você ficar em casa o risco de ser contaminado é muito menor do que eu se for para rua.

Andrade pontua que não há nenhum interesse em suspender a atividade comercial da cidade, “acredito que não há mais nenhum questionamento, porque nós já toleramos e mantivemos um mês e meio das atividades flexibilizamos na cidade, surgiu primeiro caso, o segundo, o décimo, o vigésimo, o quinquagésimo, 176 casos, e hora nenhuma como algumas pessoas diziam, eu peguei esses números para justificar o fechamento do comércio, ocorre que chegou uma hora que a luz amarela acendeu e eu não posso esperar a luz vermelha acender para tomar um posicionamento”, finalizou.

Reportagem: Voz da Bahia