Uma mãe de dois adolescentes autistas, de 14 e 17 anos, denunciou o Gaia Educa TEA, escola privada que era credenciada à Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, por supostos maus-tratos aos filhos.
A mãe, em conversa ao G1, revelou que os meninos começaram a chegar com ferimentos e diversos hematomas nos corpos, além de nervosismo, ansiedade e mais agitação.
“Meus filhos chegavam em casa [após a aula] sujos e cheirando a fezes e urina. Até que apareceram hematomas nas bochechas, nos braços, no peito, nas pernas e no pescoço deles. Ninguém na escola sabia me dizer o que estava acontecendo”, contou a mãe.
A instituição, específica para pessoas com o transtorno, deixou de ser credenciada no início deste ano, com isso, dos 89 anos, 70 ainda aguardam uma vaga m outra escola especial ligada ao governo.
No entanto, mesmo com a falta de vagas nas escolas, mais de 15 pais e mães procuraram a Defensoria Pública do Estado de São Paulo para pedir ajuda e denunciar os supostos maus-tratos aos estudantes.
Secretaria Estadual de Educação, em resposta à reportagem, disse que houve uma reunião com os pais dos jovens para explicar a situação. Segundo a Seduc-SP, os alunos vão esperar mais alguns dias até que haja aprovação de novas instituições. “Os próprios responsáveis rejeitaram a oportunidade de efetuar matrícula em uma escola pública” comum, ou seja, com apoio especial de educador na instituição com alunos sem deficiência.
Já o sócio-administrador da escola Gaia, Jorge dos Santos, informou que os funcionários suspeitos de terem agredido os alunos, já foram afastados até que as investigações fossem concluídas. (correio24h)