O júri popular do homem suspeito de participar do estupro e morte de Pamela Vitória Cruz Lima, de 5 anos, em 2015, é realizado na manhã desta segunda-feira (3), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.
Pamela foi encontrada sem roupa e com sinais de asfixia em um terreno baldio no bairro de Pirajá, na capital baiana.
Segundo as investigações, dois homens participaram do crime: Ednaldo Souza Mendes e João Paulo da Cruz Silva. O julgamento desta segunda é de João Paulo, que é primo da vítima.
Conforme informações do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca Bahia), que acompanha o caso, além de dar apoio jurídico e psicossocial à família de Pamela Vitória, Ednaldo confessou o crime em 2016 e foi condenado a 31 anos de prisão.
Já João Paulo negou o crime, inicialmente, mas também confessou participação no caso. João Paulo vai responder pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.
Caso
Pamela foi achada morta na manhã do dia 12 de fevereiro de 2015, na Rua 24 de agosto, em Pirajá. A criança estava sem roupas e com sinais de violência sexual. A garotinha havia sumido no dia 10 de fevereiro e era procurada pela família.
Um dia após o a criança ser encontrada morta, a polícia prendeu Ednaldo e João Paulo, os dois suspeitos de matar a criança de cinco anos. Na época, a polícia informou que um deles é primo de terceiro grau da criança, mas não há detalhes de quem tem grau de parentesco com a vítima.
De acordo com o delegado Antônio Montenegro, responsável pelas investigações na época, um dos suspeitos confessou o crime e contou à polícia que, por volta das 12h, do dia 11 de fevereiro, ele atraiu a criança para dentro de casa, onde consumia bebida alcoólica em companhia do amigo, o outro suspeito do crime.
Os homens foram presos no mesmo bairro onde a criança foi achada morta. Ela desapareceu quando brincava na porta de casa.
Ainda segundo a polícia, no interior da casa, os agressores amarraram e amordaçaram a menina, torturaram e a violentaram até a morte. Depois, os dois esconderam o corpo da vítima embaixo da cama do suspeito, que é primo da criança e saíram para encontrar amigos e continuar a beber. (G1)
Rua em Pirajá onde criança foi achada morta, em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia