Uma festa para as velhinhas. Assim Heloisa Buarque de Hollanda define esse momento de redescoberta do feminismo. “Todo mundo achou que ia acabar quando a gente morresse, e então tivemos esse susto fantástico, que é toda uma geração botando para quebrar”, diz a pesquisadora que vem dedicando sua vida aos estudos culturais, durante entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em sua casa no Rio. Ela se refere primeiro ao apagão que o ativismo sofreu dos anos 1990 aos 2000, com as principais demandas atendidas e as ativistas não mais na luta, mas nos lugares de ação.