A Polícia Civil de Sergipe indiciou a técnica de enfermagem, de 37 anos, por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a própria filha, que foi encontrada no apartamento onde foi localizado o corpo do advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella, dentro de uma mala na geladeira de um apartamento, em Aracaju, por pelo menos sete anos. A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira (3) pela Secretaria de Segurança Pública do estado.
De acordo com a Polícia Civil, antes de concluir o relatório a mulher foi ouvida novamente e manteve a versão apresentada no início das investigações, negando que tenha matado o homem e admitindo que ocultou o cadáver por receio de ser responsabilizada pela morte dele.
“No relatório, nós ratificamos o indiciamento da investigada por ocultação de cadáver e por maus-tratos a menor de 14 anos. Diante de tudo que foi apurado no decorrer das investigações, já havia nos autos fartos indícios a justificar o indiciamento”, disse o delegado Tarcísio Tenório, responsável pelo caso.
Ainda segundo a polícia, a causa da morte não foi definida e exames complementares ainda devem ser anexados ao inquérito. Atualmente, a mulher cumpre medida cautelar provisória em substituição à prisão preventiva. Ela está no Hospital de Custódia em tratamento psiquiátrico. O hospital emitirá um laudo, que será remetido à Justiça.
A defesa da técnica de enfermagem informou que a conclusão do indiciamento era previsto e que pretende aguardar o laudo do Hospital de Custódia para se manifestar sobre o caso.
A identificação do corpo foi possível através de informações de prontuários clínicos e hospitalares de Celso, além de uma prótese que a vítima possuía. No apartamento, também foram encontrados documentos dele. Além disso, três filhos de Celso, que moram no Rio Grande do Sul, foram ouvidos pelos investigadores. (bNews)