No contexto atual, onde os celulares desempenham um papel crucial na vida cotidiana, Thom S. Rainer, um renomado teólogo e pregador dos Estados Unidos, está provocando uma discussão ao sugerir que os cristãos abandonem o uso desses dispositivos durante os cultos. Em um artigo publicado pelo The Christian Post, Rainer compara a rigidez dos cinemas em relação ao uso de celulares com a tolerância das igrejas, que ele considera excessiva.
Rainer começa destacando que, enquanto os cinemas são rigorosos quanto ao uso de celulares, as igrejas frequentemente permitem que os membros usem seus smartphones e tablets durante o culto. Ele aponta que, apesar de muitos estarem usando esses dispositivos como Bíblias digitais ou para anotações, isso muitas vezes resulta em distração.
“Recentemente, fui a um cinema na minha cidade natal. Notei que as prévias enfatizavam que todos deveriam desligar seus celulares e outros dispositivos digitais. Acho que os cinemas têm padrões mais elevados do que as igrejas nesse aspecto,” afirma Rainer.
Rainer lista sete razões para que os cristãos considerem deixar seus celulares fora das igrejas:
- Distrações Pessoais: Celulares e tablets frequentemente desviam a atenção, com notificações constantes distraindo os usuários.
- Distração para Outros: A luz de notificações pode desviar a atenção de outros membros da congregação, afetando a experiência coletiva.
- Impacto na Saúde Mental: Rainer cita estudos que relacionam o uso excessivo de smartphones a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, especialmente entre os jovens.
- Alternativas Disponíveis: Muitas igrejas oferecem Bíblias impressas e materiais de anotação, permitindo que os membros participem do culto sem dispositivos digitais.
- Retenção de Informação: Anotações manuscritas são mais eficazes para retenção do que o uso de teclados, segundo estudos.
- Sensação de Isolamento: O uso de smartphones pode criar uma sensação de isolamento, contrariando o espírito comunitário dos cultos.
- Prioridades Percebidas: O uso de celulares pode transmitir uma mensagem errada sobre as prioridades dos membros da igreja, sugerindo que estão mais focados no telefone do que na adoração.
Rainer incentiva os pastores a considerar medidas que ajudem a minimizar as distrações digitais, como disponibilizar Bíblias impressas e materiais de anotações. Para ele, a experiência de adoração deve ser uma prática de comunidade e foco no espiritual, e não um momento de distração tecnológica.